TELEVISÃO

Não sei como eram as programações antigamente, mas pelo que vejo hoje posso afirmar um conceito meu. O povo tem se submetido a assistir todos os dias ao mundo carente que vivemos. É triste! Namorados carentes que matam a amada. Amantes da musicalidade, carentes do sucesso disputam dons.

Carentes de fortes emoções não perdem um capítulo das novelas Globais, e como se não bastasse essas, chegaram as concorrentes novelas da Record, e fica aquela troca-troca de canal. Matérias jornalísticas de um mundo carente de paz, justiça e igualdade.

Ha também os carentes de distração, que assistem ao futebol de domingo e sofrem extremos de dor e alegria em apenas 90 minutos. Mulheres carentes de suas almas-gêmeas acreditam encontrar o grande amor em seleções ao vivo, eliminatória de homens como se eles fossem qualquer objeto sem valores. E até os homens estão buscando estes meios para encontrarem a mulher supostamente ideal.

Temos que nos calar dentro da nossa própria casa, para que a parentada possa ouvir o que as telinhas têm a dizer, nem o cachorro pode latir... "Xiii cala a boca!" Em que ponto chegamos? Me pergunto da relação pessoal. Corremos o risco de estarmos perdendo a originalidade da vida humana. Ansiosos numa eterna busca pelo que poderia ser tao simples, tão extraordinariamente natural.

Ai, não me pergunte se eu assisti qualquer coisa em qualquer dia, que não. Eu não assisti!