terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sempre há, se não...

Sempre há tempo, forma, jeito e possibilidade para o que estamos dispostos. Se eu não compareço, se eu não jogo, não chego no horário, não respondo... Se eu não te conto, se eu não liguei, se não ouço, não janto, não brinco, não durmo... Se eu não sorrio, se eu não me importo, se eu não choro, se não agrado, não lhe pareço querida, não te quero... Se eu não danço, se eu não ando, se não espero... Se eu não mudo, se eu não tento, se eu não consigo. Se não amo, é porque não quero amar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"Ridiculisso"

"Tenho muito pra contar, você vai ver. Posso não ter sete vidas, mas esta é boa pra valer. E em tudo que eu vivi, verdadeiro que sei. Mas teve coisas que eu não percebi até te conhecer ..." Pode parecer sem sentido esse verso com o que vou falar, mas não importa, eu te trago o ar. O ar que alguém necessita para simplesmente sobreviver. Eu controlo o teu estado de espírito, e te aviso quase que sem querer quando nada vai bem por aqui. Mas eu também deixo claro quando está. Eu te vi num canto repetindo em teus pensamentos "aparece, aparece, aparece"... e não foi hoje. Faz tempo! Muito tempo. Às vezes eu apareço, à vezes eu me disfarço de tatu bola, mas faz diferença? Todo mundo sabe o que é um tatu bola e não pisa, porque lá dentro tem uma vida. Tu sabe quem sou e que aqui dentro tem um ódio disfarçante também.
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Teu vício tem nome. Tua doença também. Tua febre, eu sei que passou, e vai voltar. Não importa quão difícil parecia ser, tu talvez não soubesse que poderia piorar. Infelizes, mas juntos. E eu não sei mais o que é felicidade e nem faço questão desse tema. Ainda não dei título pra esse post e sem dúvida não será felicidade. Eu sei que é muita coisa, de modo, incontável e eu vivi sem saber, e tu diz que verei um dia. Mas a nossa vida era boa pra valer, tu não poderia imaginar que teu ar ficaria por aqui e que agora, tu depende dele para sobreviver... Viver perde o sentido quando apenas sobrevivemos. E é assim que tu tem caminhado. Dependente, doente, deprimente. Sem rimas. Sem damas da noite para perfumar com cheiro de pirulito de crianças e te fazer sorrir. E eu reconheço esse teu sorriso superficial de agora, tenho me saído bem com ele.
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É engraçada essa comunicação subliminar única e tão clara. Vou viver muitos anos até conseguir vivê-la mais uma vez, se eu conseguir e permitir. A tua onipotência vai lhe responder que sempre encontra ar quando estás à morrer e eu te digo que é verdade. Não posso mentir. Mas a vida me ensinou que tudo passa. Um amigo especial uma vez me disse Marília o cavalo passa..., tem um verso do Wilson Sideral que diz e quanto a gente paga pelos sonhos que deixou? Algumas coisas passam, outras a gente deixa. E o preço não deve ser rosas, versos ou vinhos. Eu não sumi, só estava colhendo dados, até eles me acabam entre os elementos da mente e memória. De qualquer forma, é muita responsabilidade te manter sobrevivente. Eu não quero esse fardo, vamos parar por aqui. Já ensinamos um ao outro o que era pra ser ensinado. Essa paz é minha e tu deixou ela passar por ti. E sabemos que esses detalhes vão sumir na longa estrada.