quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sophia chegou!!!


Era 5h da madruga, dia 19 de abril... "Vidão, acorda, ou eu tô fazendo xixi sem controle, ou a bolsa rompeu..." Bóra pro hospital! Era a hora da minha princesa chegar. Algumas horas em trabalho de parto à espera da liberação burocrática do convênio médico e lá estávamos nós, eu e o Bru na sala de cirurgia, o momento que eu tanto esperei e tentei adivinhar como seria. A verdade é que não tem como prever, é absolutamente doido, lindo, inesquecível, coisa de Deus! Eu amei tanto o Bru naqueles 10 minutos de cirurgia, do meu lado, dizendo que eu era a mãe mais linda do mundo, sem imaginar como eu estava achando ele o pai mais perfeito do universo, com aquela touquinha e máscara cirúrgicas, só com os olhos de fora... olhos que em minutos eu iria ver na minha filha. Deu 9h51, o Bru ficou quieto... e ela chorou! Bem vinda meu amor!!! Há quem diga que ela é a minha cara, mas esse olhar, não me engana. Para mim... É o olhar do Bru. O olhar que me encanta ao amamentar. "Quem fez essa perfeição, Deus?" DEUS! Só Ele mesmo. Quem não acredita em Deus, só precisa ter um filho. E eu não tenho mais de onde tirar gratidão pela família que tenho hoje. Esqueci as dores de antes, ganhei novas dores de agora. Acho que isso é ser mãe. Caramba, como eu amo ser mãe! Mãe da minha Sophia. A minha tão querida! Feita para nós, preguiçosa como o Bru, braba como eu, não assusta com os latidos agudos da Doty...  Chegou nessa casa tudo o que faltava para uma completa felicidade. Obrigada meu Deus!



terça-feira, 17 de abril de 2012

Tylenol, novos 5 travesseiros e menos de 1 semana.

Ser mãe é padecer em algum lugar, que para mim, ainda não é o paraíso. Falta menos de 1 semana para a Sophia chegar, quero agradecer ao Tylenol e aos meus novos 5 travesseiros pela noite de hoje, eu não dormia bem há dias. Então, bom dia! Estou no estágio de me pegar paralisada pedindo à Deus para que não venha nova falsa contração, como se qualquer mínimo movimento meu fosse o fator desencadeante dela... E se aquela era a falsa, me encontro no incrível medo da verdadeira. Deve doer! Lembro de procurar no início da gravidez passo a passo o desenvolvimento da minha filha, cada semana o que mudava, as novidades de pele, cor, tamanho, textura, tudo. Hoje, busco desesperada métodos de como sobreviver rsrss. É coisa pra mulher!!! Daqui em diante eu passo a admirar todas as mães e a respeitá-las de forma muito diferente.
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Tô bastante assustada, no ultrassom final nesta semana, a Sophia está com 3kg, sendo que eu engordei 10kg... vou confiar que a natureza me devolva para mim depois. Fundamental tem sido o companheirismo do Bruno, que baita pai minha filha terá! Que baita pai! Eu não preciso de despertador para a hora do remédio nem de robô para buscar o suco de maracujá natural, muito menos de um fazedor de suco natural, adquiri tudo isso num pacote único chamado "marido", graças a Deus por isso. Eu sou capaz de muita coisa, por ser forte e enfim, mulher... Mas com alguém assim do meu lado, tudo fica mais sereno, eu tenho que admitir. "Coceirinha" nas costas quando nada alivia
as dores, ajuda muito, e de graça fica ainda mais tranquilizador. O Bru me olha, e eu sinto que ele divide comigo esses momentos que não têm o que falar; ele me abraça de manhã, depois daquela noite em claro, e parece que eu renovei de corpo e alma para um novo dia.
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Sonho com o momento em que a Sophia chegar até nós, caramba!!, deve ser fora deste planeta. Um transe compartilhado, sei lá! Quero escrever aqui sobre isso depois. Talvez será este o momento de dizer que ser mãe é padecer no paraíso, eu estarei lá na mesa de cirurgia acabada, mas completamente completa. No pleonasmo mesmo. Sabe, tem sido dolorido, é como diz uma amiga minha, grávida também: "Têm momentos que eu tenho vontade de dar um grito beem alto" rsrs, mas ao mesmo tempo, parece que não existiu um passado sem a Sophia, e ela ainda nem chegou neste mundo. Menos de 1 semana... e eu voltarei aqui tendo esquecido toda essa fase ruim.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Nem os meus pés aguentam mais o meu humor.

Há quem diga que o filho é mais da mãe, e nada mudará isso. Acho injusto com o pai que também fez o filho. Mas, em noites como esta, acho mais injusto ainda estar sozinha. O pai e a mãe faz o filho, mas há lutas que pertencem apenas à mãe. Vem logo filha! Judia de mim assim não. Ou eu comerei chocolate na amamentação pra que tu saibas como é ruim ter cólicas enquanto todos dormem. Que mãe cumpriria essa ameaça tola? Em noites como esta, percebo como ser mãe é foda. Tu passa por qualquer coisa, é capaz de muito além do que imagina. Falta duas semanas para o nascimento da minha filha, é quinta-feira de feriadão às 3h00 da madrugada. Eu tenho postado aqui minha alegria, gratidão, amor maior e toda essa coisa linda que é a gravidez. Mas se eu não te contar a parte ruim, estarei sendo hipócrita com meu blog, estarei sendo hipócrita contigo, ... eu estarei sendo muito hipócrita comigo. É muito difícil! Amanhã é feriado e eu estava doida para dormir com o Bru até tarde, naquela "nanada" gostosa, ventilador ligado, edredom fofo e todos aqueles costumes queridos por um casal, ainda que estes sejam bunda com bunda e cada um pro seu lado. Acontece que estou aqui. E há tudo, menos bem estar.
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Me falaram que o inchaço dos pés seria desconfortável, mas ninguém disse que isso dói pra porra, dói mexer os pés, dói pisar no chão, dói demais pra andar e é ai que hoje entendo porque grávidas parecem patas andando, sem contar o desequilíbrio que a barriga causa no caminhar, tu tens que te equilibrar com pés definitivamente não teus. O que eu não tive de enjoo no início da gravidez eu estou tendo agora. Se deitar por completo, parece que o peito fecha tua respiração e sufoca. Se sentar, a nenê encaixa os pés na minha costela e meu irmão, é horrível. Se vira de lado ela chuta até eu mudar de posição... graças a Deus tenho dois lados, e ainda me resta aquele que eu não consigo dormir, mas que se muito cansada, desmaio sem maiores discussões. É chorar por ter sono e simplesmente não conseguir dormir. Me falta ar e parece que não tem onde buscar. Tentei ficar na sacada de casa, a noite tá num clima fresco, mas os pés não seguram mais... vim para o sofá, que é nada fresco. Ô calor que só me chateia!! Dai as pessoas te falam "Calma, tu não pode passar nervoso!"... Ah camarada, eu tô pra ver uma grávida calma. Milhões de coisas acontecendo interna e externamente, psicológica e fisiologicamente; e o queridão quer que a gente fique calma? Um pedido desses soa até incoerente, sei lá. O pai da criança tá dormindo, mas não estava na noite de "fabricação". Haja equilíbrio e Passiflorine. Eu quero ver meu médico ficar calmo com esses malditos comprimidos cor de rosa.
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Começa chegar a noite vai batendo um desespero porque é essa luta sempre. Melhor que fique dia as 24 horas. Assim todos não dormem como eu e não preciso sentir inveja de nada. E graças à Melanie Klein por colocar em sua teoria a inveja como fenômeno natural da psique humana, me alivia muito a culpa por fazer todo tipo de barulho para acordar o Bruno. Ainda que sem sucesso. Essa luta é somente minha, eu já entendi. Saudades dos meus tornozelos, hoje eles são apenas um com pantorrilhas e dorsos dos pés. Outro dia encontrei minha aliança debaixo da cama, perdida há alguns dias, ela também não me aguenta mais nestes dedos gordos. Nossa casa ainda está em ajustes e faltam alguns espelhos, ainda bem por isso... Me basta aquele de se olhar escovando os dentes, só a cara. Sinceramente não consigo imaginar algo pior do que um nariz mal colocado, porque se trata do meio da tua cara, da tua primeira impressão, da tua chave para qualquer convivência. Eu tenho certeza que ninguém aguenta mais o meu nariz imenso. Não tenho mais dignidade para sair com minha amiga, sem que ela precise me esperar na fila do banheiro de 1 em 1 hora, exata 1 hora que não me permite esquecer. E pode acreditar que além de estar dormindo, ele reclama que o papel higiênico anda acabando rápido demais nessa casa. Demais é o quanto preciso me controlar para não enlouquecer nessas últimas duas semanas.
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Claro que quero que tudo seja em sua devida hora, mas como eu quero que isso passe depressa. Por favor! Passou dos limites de ansiedade materna, agora eu só quero que acabe logo, que dê tudo certo. Duvido que nenhuma mãe não tenha sentido isso nessa fase final... desejo de que acabe com essa tortura de ver o cara dormir enquanto tu empilha os travesseiros. Eu ouço piadas o tempo todo, como "aproveite para dormir agora, porque depois...." Ah, vai te fodê!!! E quem consegue dormir assim? Olha, eu vou passar por isso, como toda mulher passou até hoje, mas dou a minha palavra de que jamais darei conselhos como estes... Isso não se faz! É brincar com a angústia alheia. Por isso resolvi postar essa noite, porque falar que é mil maravilhas é legal e não nos faltam momentos de satisfação para expressar tamanha alegria, mas têm noites que detona a mulher... essas duas semanas em que nem eu mesma me aguento. Isso porque só eu quero ter nariz neste planeta. Mas que droga!