quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Mas Má, o que você vê nele?"

Para quem sempre me faz essa pergunta "Mas Má, o que você vê nele?", recebi por email um texto da Martha Medeiros que explica bem e quero, sem dúvidas, compartilhar.
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"E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?
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Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro dele que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler alguma coisa e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê emocionado, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
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Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda."

Nova casa

... comentando brevemente sobre a minha nova casa. Melhor do que esperei, dormi bem a noite, exceto o susto que levei de madrugada, não sei por que ... mas acordei uma hora muito assustada, adaptação talvez. A casa é um sobradinho bem simpático, gelado também, é super frio lá, eu curti essa parte. Tem uma árvore enorme na frente, o que enche de folhas no pátio; ah!... por falar em pátio... ele é tão maior que o da casa anterior que a Doty (minha dog) cagou ele inteiro achando que tava na rua passeando, rs. Haja sacolinha plástica!
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Meu quarto por enquanto é colchão, caixas e sacos, mas logo terá cara de quarto. Sem saber onde é a padaria, vou levando a nova vida. De manhã o galo canta, esquisito! Deve ter algum vizinho meio caipira. Eu tô bem feliz, aliviada que enfim tudo está resolvido. O estresse de não encontrar nada continua, mas daqui pra frente tende a melhorar após as arrumações... Tô me adaptando com os ônibus ainda, metrô, terminais, não tô sabendo a melhor opção, só nas tentativas e "quem tem boca vai à Roma". Por enquanto, é isso.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Esperar por ele

Se algum homem ler este post e se identificar, favor entrar em contato, sem urgência. Busco um homem que leia livro e não revista, mas que ainda assim saiba das notícias jornalísticas e que nunca tenha acabado um livro. Que não me conte o dia inteiro, mas fale o essencial para que eu saiba sempre de tudo sobre ele. Quero um homem que entenda minha loucura e dupla personalidade, não seja ciumento, aceite minhas amizades com homens e me passe confiança. Que seja autêntico, toque gaita no lugar de sanfona. Que me acorde com o mate bem preparado e a milonga do favorito de fundo.
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O homem que chame nossa casa de rancho e meu almoço mal feito de baita boia boa. Que me peça para pegar suas alpargatas e o cachecol xadrez. Não quero um homem que diga que me ama e me chame de minha querida, mas que me ame e eu seja a querida dele, o que é bem diferente. Um homem, por mais redundante que pareça, que seja homem. Que seja pai do meu filho chamado João... ou Pedro... ou Sebastião, que seja o meu melhor amigo. Um ser humano capaz de me ensinar cada dia mais e complete a minha personalidade tão confusa, sofrida, tão insatisfeita. Um homem que seja chato, brigão, organizado, rude e saiba domar as duas Marília's que há em mim. Não precisa ter bom humor, não ligo para isso, mas terá que ter paciência para os meus 30 minutos matinais de autismo.
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Junto disto tudo que tenha um bom cafuné e uma boa massagem, um bom sexo e um amor melhor ainda. Requisito principal, que tenha mãos e pés bonitos. Quero um homem que ame música, mas o outro requisito é que não toque violão, não quero. Um homem auto confiante, mas que jamais fale isso para mim, qualquer narcisismo será dispensável. Um homem capaz de despertar o amor que com o tempo, morreu dentro do meu credo. No futebol não precisa ser colorado, mas torcerá comigo para o Inter toda vez no Beira Rio, sem reclamar do frio. Não poderá ser gremista - claro - mas terá o Inter como segundo favorito, se não colorado.
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Quero um homem cheiroso com o sorriso perfeito, aparência conta também. Nem gordo nem magro, muito menos malhado, aquele que saiba correr sábado de manhã por saúde e comer domingo a tarde por gula. Que tenha tatuagem e aceite a minha feita por um amor eterno. E o mais difícil... Que compreenda que não será o grande amor da minha vida, mas que faça ela valer apesar disto. E acima de tudo, quero o homem e não um homem. O homem que nem precisará ler este post para me conquistar. Eu o conheci, num futuro idealizado e resolvi esperar por ele.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Michel Teló


Foge comigooooooooooo?
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E daí?

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E daí?
Se eu quiser farrear, tomar todas num bar,
sair pra namorar
O que é que tem?
Foi você quem falou que a paixão acabou
Que eu me lembre eu não sou de ninguém.
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E daí?
Que você me deixou, mais um dia passou
e o mundo não parou
Tô aqui.
Confesso fraquejei, muito tempo chorei
Só Deus sabe o quanto eu sofri
Mas não fui me humilhar, te pedir pra voltar
O que você tá fazendo aqui?
Se ainda não me quer, então sai do meu pé,
eu faço o que eu quiser.
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E daí?
Se eu quiser farrear, tomar todas num bar,
sair pra namorar
O que é que tem?
Foi você quem falou que a paixão acabou
Que eu me lembre eu não sou de ninguém
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Mudança e retorno de férias

Oieeee! De volta às minhas atividades normais, graças a Deus! Como de esperado o mês de junho foi um dos mais difíceis da minha história em São Paulo e sem dúvida, da minha vida. Soa como exagero, mas é verdade. Tive imprevistos e precisei mudar de casa, então passei as férias organizando tudo e hoje rola a mudança. Enfim. O que fez com que eu nem conseguisse curtir muito, sai alguns dias, curti um pouquinho, mas nem viajei... Foi bem corrido! Consegui dormir até tarde vários dias, o que já valeu e muito. Valeu também ter passado pela semana de provas em casa, com mais tempo para estudar. Peguei apenas 1 exame que fiz quinta-feira passada, acho que no fim tudo deu certo. Como sempre dá!
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Falando de mudança, como isso causa estresse! Poeira, caixas, sacos plásticos, roupa para doação, roupa para guardar, roupa para botar na mala. Tô irritada com tudo isso. Fora a parte emocional de mexer com todas aquelas gavetas, que eu costumo jogar tudo que "não quero ver ainda", entre fotos antigas e bilhetes apaixonados eu me vi acabada e obrigada a arrumar, seja para o lixo ou para uma nova gaveta chamada conformidade e auto superação, algo assim. Complicado! Com o mesmo moletom e Hering antiga passei os últimos dias, limpa parece, suja chão, perde o chinelo, não acha o tênis nem os cotonetes. Uma confusão! Colchão no chão, e em meio a tantas coisas visíveis e também para pensar, eu senti falta.
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Angústia que esvazia, sentimento forte que enfraquece. Deixar naquele quarto quase vazio tudo que eu vivi alí, tentar pelo menos. E começar nova vida, novos ares. Que saudades vou sentir. O cheio que talvez não vá junto para meu novo espaço e que eu não queria que fosse assim. Chorei, mas tô sabendo me virar! Bem como tu me ensinou e fez bem feito. Contudo voltar às rotinas está sendo excelente, tô bem mais aliviada por tudo estar resolvido, a mudança estar à caminho da casa nova e também... Hoje tem jogo do Brasil, então bota felicidade nessa cara que hoje é um grande dia! Todas as coisas passarão, e tu vai te tornando cada vez mais forte e amadurecido!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma nova tatuagem: Flor de Lótus

Resolvi fazer uma nova tatuagem, agora preciso decidir se faço no ombro direito ou se apago a minha tatoo atual por debaixo da nova. Já sou bem conhecida pelos meus MM's nas costas, mas hoje eles perderam o sentido para mim, então estou em reflexões ainda quanto ao local da minha nova tatoo.
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Assim que tatuar, publico aqui uma foto para compartilhar. Quanto ao desenho escolhido, pretendo falar sobre ele e seu significado para mim, o porque escolhi este, mas ainda não elaborei bem. Então segue o significado da Flor de Lótus, depois repasso o que simboliza para mim toda esta metáfora maravilhosa e tal decisão quase que irreversível...
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O lótus é um dos oito símbolos auspiciosos e uma das mais pungentes representações do ensino budista. As raízes do lótus estão na lama, o caule cresce através da água, e essa metáfora fortalece a flor perfumada que desabroxa sua beleza acima da água a cada raio de sol. Este padrão de crescimento significa o progresso da alma que mesmo adversa vindo da lama materializa-se na primavera e sobrepõe-se a todas as adversidades.
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Embora haja outras plantas que nasçam acima da água, apenas o lótus que devido à força de seu caule, sobe de oito a doze centímetros acima da superfície demonstrando a sua grandeza e ezuberância. De acordo com o Lalitavistara, "o espírito do melhor dos homens é impecável, tal como o lótus na água enlameada que não adere a ele."

HOJE...

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... ah sim, agora as coisas estão claras. Fica mais fácil levar a vida por aqui assim. Acontece o que é para acontecer e, com o tempo tu percebe realmente que sim. Mais vale uma verdade doída do que a medíocre defesa de mentir para mim mesma. Já era, eu acordei, nunca mais.
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Copa do Mundo... Moda ou futebol?

Andei observando nos últimos dias, especialmente nos dias de jogos... Unhas coloridas, diversos tipos de camisa feminina, piriri para cabelo, correntinha de bandeira, carros enfeitados, ruas decoradas... e o todo mais que vemos em época de Copa, o que já me soa absurdo, visto que o brasil precisa disso para a demonstração de patriotismo, que por falar nisso também puxarei o gancho de que este ano o povo tá fraco. Sabe por quê? No Orkut, as fotos estão legais né... Todo mundo bonito, com a camisa nacional, zunzun pra cá... fonfon pra lá. Legal a criatividade do povo, mas ainda assim me pergunto se a Copa não é um espaço para a moda.
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Cara, que irritante! Outro dia me vi com anteninhas verdes na cabeça. Claro que o marketing vai usar todas as datas para se manifestar, mas por que ainda damos trela para isso? Futebol é galera reunida para assistir aos jogos e torcer de coração "Gooool". Quem inventou essa tal de vuvuzela? E patriotismo é ter o brasão contigo, a bandeira sempre no carro, e não fitinha Lembrança do Senhor do Bonfim Bahia, com todo respeito a quem usa isso, mas deixa a bandeira lá e acredite num Brasil cada vez melhor todos os dias... Falo do acreditar no Brasil em tudo e não só que o jogo será um sucesso sexta-feira que vem. Acreditar que pessoas vão arrumar emprego, que crianças estarão na escola, que o Brasil não será conhecido lá fora pela bagunça que é o carnaval.
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Outro dia assistindo ao inútil programa da Hebe, me perdoem por isso eu estava sem sono rs, assisti uma cantora mexicana que após se apresentar disse o quanto amava o Brasil, eu esperei orgulhosa pelos motivos dela e em seguida ela começa a cantar um pagode. Meu Deus, o que foi aquilo?! Eu curto o tipo de música, claro que é marca do Brasil também a musicalidade, se é que posso chamar pagode assim. Mas tchê... temos uma astrônoma brasileira na Nasa, quem sabia disso? A mulher lançou um livro agora início do ano. É disso que eu tenho orgulho do Brasil, e não que a modelo mais bem paga do mundo, Gisele Büdchen é brasileira; sorte a dela e não do país por tê-la. E está acontecendo isso com o futebol, não posso aceitar. É só reparar nos milhões de estilos de cabelos dos jogadores... Passamos a reconhecê-los em campo pelo verde transado ou arquinho atravessado, não é mais pelo número da camisa.
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Deu na TV essa semana uma matéria sobre o modelo da Copa do Mundo, uma roda de mulheres discutiam qual o jogador mais bonito. Inaceitável, primeiro por que não é este o intuito da Copa, segundo por que bonito é relativo e seria injusto elegermos somente um. Sem se comentar na gravatinha do Galvão Bueno, amarela com bolinhas verdes!!!!!!!! Ow, bota uma camisa verde e amarela na equipe toda e bóra torcer pela seleção, faz este favor para todos nós, época de Copa do Mundo deveria ser proibido paletó. Na estréia dos jogos, Dunga me aparece com um sobretudo de um estilista famoso que eu nem sei o nome, cadê a camisa do Brasil Sr. técnico? Só ele e o noticiário da Globo souberam de tamanha elegância. Por essas e outras me vi na questão a qual escrevi este post hoje, Copa do Mundo... Moda ou futebol?
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Mais FUTEBOL, me ajudem aee... !

HOJE...



... vai coração, eu tô mandando.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estar em São Paulo

Há alguns meses venho escrevendo este post e hoje quero postá-lo, para que os sulistas conheçam um pouco daqui e para que o paulistanos reconheçam o que é deles. Que não soe como uma crítica ou algo grosseiro, e sim como algo que eu realmente estranho e me dou o direito de indignar, debochar e comentar, depois de tantas piadas de gaúcho que venho ouvindo nos últimos sete anos na grande metrópole paulistana.
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Uma das coisas que logo conheci quando cheguei em São Paulo foram os nordestinos e mineiros, que chegam aqui para "fazer a vida", como se ela não existisse na cidade natal deles. Eu cai aqui de balão e conto os dias para então respirar de volta para o Sul, mas as pessoas aqui vêm para fazer a tal vida. Bom, isso tudo faz com que eu realmente sinta dificuldade de reconhecer a "cara do paulistano", eles honestamente são minoria por aqui! Falando em pessoas, acreditam que tem um shopping que tem dia certo para cada tipo frequentar? Juro. Numa segunda-feira de tédio resolvi ir ao shopping com um amigo e fiquei surpresa ao entrar na praça de alimentação e assistir casais homossexuais como se estivessem numa balada noturna de GLS, pois é! Era o dia dos ditos viadinhos no shopping. Com todo o respeito, até achei interessante e criativo, mas e se eu estivesse com meu filho? Me informei melhor, talvez para saber qual seria "o meu dia" de ir alí e não me sentir um ET, tem até o dia dos surdos e mudos, neste dia penso que não há poluição sonora como em toda praça de alimentação. Enfim, fator curioso aqui na cidade e questionável em alguns aspéctos.
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Algumas coisas realmente me chocam, costumes... Como moletom ser pijama, calça de brim ser chamada de jeans e ser a única usada para sair, sem falar que a mesma deve ser justa na bunda, o que para mim é algo terrivelmente desconfortável e faz de mim, com meu casado amarrado na cintura, um indivíduo titulado de "baiano" (é como eles chamam os tansos que não se vestem legal e o todo mais fora do padrão que eles curtem, ou melhor, que as revistas publicam.) Acho, com todo o respeito, que pessoas assim não sabem o que é estar bem consigo, mas vou respeitar. Dizem que mulheres se vestem para mulheres, eu penso que alguns paulistanos se vestem para as revistas. Quem será o mais fotografado esta noite? É o que importa. Uma passadinha rápida pelo tempo, 15 Cº é motivo de cachecol e luva eu nunca consegui usar... Preciso comentar sobre a dificuldade de comunicação que pechei por aqui, por exemplo, minhas amigas daqui já iriam perguntar "pechei, o que é isso?" Aqui as pessoas simplesmente não entendem o que é pechar.. "Capaz" então, sempre gera mal entendido. Capaz que isso não me tira do sério!
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A comunicação é dificultada com fones de ouvido na população praticamente inteira, e as casas possuem em média dois computadores, os irmãos podem se falar pelo Messenger - por exemplo - facilita uma barbaridade, só se for a relação pessoal... deixada de lado! E por falar nisso, importante sempre lembrar que para ti ser bem querido aqui tens que ter Orkut, Facebook, MSN, Twitter, Formspring - me pergunte o que quiser e o todo mais, bombando... Ainda que todos tenham exatamente o mesmo intuito: Falta do que fazer com o tempo sempre mal utilizado. Ler sobre a história de São Paulo para que? Tem no Google quando eu precisar! Por falta do que fazer com o tempo eles ainda marcam de ir ao boliche, isso mesmo, como nossos tios chatos! Qualquer peça de roupa marrom aqui é dita de velho, mas jogar boliche é o que háaa! \o/ O calor humano é algo marcante na grande São Paulo, o trêm não se compara com o Trensurb; aqui é metrô, coisa fina e corre feito bala! Porém transporta quase quatro vezes a população de Porto Alegre inteira por dia, e saem notícias nos jornais como "Pesquisa revela que o metrô paulistano transporta nove pessoas por metro quadrado." Parece piada e impossível diante da física, mas é real. Sabe o jeitinho brasileiro? Tenho certeza que veio de São Paulo. Aqui tudo tem desconto e facilidade, difícil é conseguir qualquer coisa. Um paradoxo enlouquecedor!
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Há uma divisão de atividades masculinas e femininas, natural. Enquanto as gurias discutem sobre o Paris e Renda da Pisqué ou o Rosa Chiclete e Véu da Colorama; os guris vão para o estádio de futebol. As mulheres não têm o costume de ir ao jogo, i n a c r e d i t á v e l ! Muitas vão, mas quando tu chega no estádio, só vê homem, é o paraíso por que diminui muito os gritinhos agudos e histéricos como "Nilmar lindoooo" e "Vaiii DagobertooooOo", já bastam os meus! Aqui os torcedores mesmo dizem que futebol é negócio, ao ponto de se o Guiñazu ir para o grêmio eu não me sinta traída pelo favorito, estranho! E para minhas amigas gaúchas, os guris aqui são bem diferentes, usam camisetinhas justas e são fortinhos, não bebem tanto... o que é bem melhor, mas acham que porre é beber tequila, vai entender, deve ser coisa de gente fina da cidade grande! Não são tão bonitos, mas cada um é de um jeito, aqui tem de tudo e para todas... Moreno claro, negro, loiro falso, homem com luzes foi o mais inédito que vi, tem gordinho, magricela, empresários e maconheiros ou os dois juntos. Cabeludos e barbudos também, esses são os meus favoritos. Os homens aqui têm tara por gurias de fora, isso é muito estranho por que sempre buscamos um par que tenha algo das nossas origens, mas aqui não parece ser assim, isso torna mais fácil ser mulher por aqui, não falta homem para mim, mesmo assim... Que saudade dos autênticos baguais, rudes e que sabem lidar!
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Com o maior respeito por São Paulo, eu termino o post de hoje, dizendo que Sampa me faz feliz e me pira a cada dia, certa de que jamais seria EU sem meus dias na cidade; porém logo estarei de volta à Querência, acabada de coisas para contar. Porque um gaúcho é só saudade longe das coisas do Pago. Obrigada São Paulo.

domingo, 13 de junho de 2010

...hoje menos indignada.

Numa terça-feira, em 7 de outubro de 2008 eu publiquei um texto aqui em meu blog que eu quero retomar hoje. Costumo ler sempre meus próprios textos, os antigos claro... Os recentes eu me recordo bem. É interessante que eu esqueço das coisas antigas que eu escrevo, e quando volto para ler depois de um tempo é como se estivesse lendo pela primeira vez, o que é ótimo, pois percebo que amo ler o que escrevo, sempre me ajuda e me faz também ver como minha cabeça e vida estão evoluindo. É um amor próprio que eu me permito ter. E por falar em amor, na postagem que citei acima, eu falava sobre uma enquete que eu havia visto num site feminino, que questionava: "Você é feliz no amor?"
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Inocentemente, na época, eu respondi que sim e levantei uma queixa sobre relacionamentos amorosos, de casal, e em como me surpreendi com a maioria das mulheres infelizes no amor. Muita coisa aconteceu de lá para cá, achei lindo ler o que eu tinha para mim naquela época, mas refiz dentro de mim o que de fato poderia ter acontecido com aquela enquete tão surpreendente para mim, como disse... na época. Com outros olhos, outro coração, eu hoje escrevo mais uma vez o mesmo assunto, hoje menos indignada. Vambóra... Não é uma questão de acertar ou errar, querer ou não querer, o mundo está doente e parece que esta doença é contagiosa. Perceba meu raciocínio amargurado, mas realista. Naquela época só me faltou saber que amores são traídos e nem sempre o "eu te amo" do outro significa o mesmo que nós dizemos para ele.
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É explícita a infelicidade no amor que o mundo se encontra, claro que há pessoas satisfeitas e bem casadas, mas eu tenho certeza que a grande maioria delas têm uma história para contar a qual não foram bem sucedidas. Eu tenho certeza disso, a grande maioria. O por que temos que sofrer acho que é um super enigma do mundo, como "de onde viemos e para onde vamos?" ou "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?" Todas as minhas amigas próximas compartilham comigo experiências passadas a qual sofreram por algum homem, e todos os meus amigos homens também por alguma mulher. Então não é culpa dos homens nem das mulheres, melhor assim, pois não me culpo e posso escrever generalizando o ser humano, que é sobre o que eu gosto de escrever, o ser humano e suas relações com o meio externo.
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Enfim, onde quero chegar? Cada vez que alguém sofre, ela libera isso em algo, ou alguém... É essa situação que eu vou chamar de doença contagiosa do mundo. Machucamos quem nos ama, por que estamos machucados por quem nós amamos. E a dor vai se transmitindo, num ciclo cheio de perguntas e sem respostas. E então encontramos o grande amor da nossa vida, ao qual amamos e somos amados, só que não somos mais aquele puro coração inocente; e não nos permitimos como normalmente o faríamos. É uma crítica ao ato de amar? Eu não sei, só tô tentando achar um assunto que possa chegar mais perto de uma explicação, do por que alguém que escreveu aquilo em outubro de 2008, possa ter mudado tanto em 2 anos. Que daqui 2 anos, eu possa me criticar, que em junho de 2010 eu esteja completamente enganada. E eu passo a entender a psicanálise daquela professora que vive num blábláblá nada esclarecedor de se ouvir, mas super transparente de se sentir, agora.
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Todo tempo o mundo barrando dentro de nós o nosso completo e sincero desejo, então vamos dando um jeitinho brasileiro para que de alguma forma parte deste desejo possa acontecer. Exprimido, retraído... batalhado, sai aquele sentimento mixuruco; amamos como da para amar, e não como desejamos, em meio aquele manejo todo saem pessoas mal amadas. Mal sentidas. Mal satisfeitas. Incapazes de entender que o outro também não pode ser 100% ele. Sim, essa doença pega. Vamos repetir neles tudo o que fizeram conosco e ao entrar na internet para distrair a cabeça, abrirá bem grande uma página com a seguinte enquete: "Você é feliz no amor?" E tu terá um post em meu blog para ler, sobre tudo isso que eu acabei de escrever. Quem sabe mais esclarecedor, ... hoje menos indignada.
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Sem mais.

Saiba o que fazer com ELE...

Encontre um homem...
"Encontre um homem que te chame de linda em vez de gostosa. Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do seu coração, ou que permaneça acordado só para observar você dormindo. Espere pelo homem que te beije na testa, que queira te mostrar para todo mundo mesmo quando você está suando. Um homem que segure a sua mão na frente dos amigos. Que te ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem e que insista em te segurar na cintura. Aquele que te lembra sempre o quanto ele se preocupa com você e o quanto sortudo ele é por estar ao seu lado! Aquele que te faça sorrir por um segundo. Espere por aquele que esperará por você... Aquele que vire para os amigos e diga - É ela!"
... e mais que isso... Não o jogue fora.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E eu não aguento mais.

Por onde começar? Nada mais justo que pelo começo, porém, onde tudo começou? Eu não sei. Lembro de um sentir duvidoso... barrado, depois de um sentir compartilhado, e depois dolorido... O que realmente não sei, é onde tudo isso vai parar. Não acaba. E eu não aguento mais. Se eu entendesse, ao menos, o que se passa conseguiria lutar por alguma coisa, mas é tão vago quanto o que eu realmente quero. Sei o que sinto. Não sei o que quero. Eu passaria a vida para conhecer outro amor deste tamanho, e desistiria de tudo só para saber o que fazer com ele.
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Eu tô errando. Jamais desperte o amor de uma pessoa se não tiver a intenção de amá-la. Não vou me justificar, não tenho defesa. Cada um no seu direito, aprendi isso. Sabemos dos riscos e isto, eu sinceramente, sempre deixo bem claro. Mas que frieza a minha! Hoje eu não sei como agir, queria ter o blog de alguém para ler rs. Amigas, providenciem! Riso de desespero. Falar o que não quero, só para tentar reagir... Ir para outra cidade, só para tentar fugir...
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Sair já daqui, deixar só para ti todo esse amor. Porque eu não aguentaria nem mais por um minuto. Preciso de um tempo para mim, tenho passado horas sozinha, e não tenho reservado tempo comigo. Tô sozinha pensando em outras faces, necessito me olhar no espelho e perceber a minha presença e nada mais. Conflito total, mas é exatamente isso que eu preciso. Fugindo da terapia, esse Jacques Lacan ainda me pira, e não eu! Não quero machucar ninguém, e por fim, a única machucada da história está sendo eu mesma. E eu não aguento mais.
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? Crise ?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

E para mim, isso já basta...

Quando eu voltar, sozinha... Bastará para mim, ver que deixei em ti a marca do meu tradicionalismo, que hoje falas meu idiota... e terás que se fazer entender por aqui, sozinho.
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Matear o amargo solito, e sem ter aprendido a bailar... ouvir as cantigas nativas do teu rancho "cidade vazia". Cantar baixinho a letra que só tu irá entender.
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E isso ninguém tira de mim, ninguém tira de ti. Ninguém jamais poderá tirar de nós. Bagual que não se entrega, sempre saberá onde a prenda aqui estará... e bem sabes andar por lá.
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... e para mim, isso já basta.

FÉEEERIIIIIAAAASSSSS \o/

Férias da TV Cultura.... Em breve férias da faculdade.
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Beijos...
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Muitas coisas para acontecerem nesse mês. Vamo que vamo...
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Atée...

Somos quem podemos ser...

Engenheiros do Hawaii
Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...
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A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...
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Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...
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Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

.A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...
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Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...
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Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Sem querer eles me deram
as chaves que abrem essa prisão...
Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...
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Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

terça-feira, 1 de junho de 2010

JÁ ERA...

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... me desculpe se outro dia eu te fiz chorar, é que às vezes eu não direito me explicar. Vê se me entende...
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