segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A certeza de que estou certa

Às vezes é preciso começar sem título, ou mesmo nem titular. O inominável não se titula. Não dá para saber se é cedo de mais ou se passou da hora. Para mim nunca é a hora, porque eu não tenho tempo, porque não estou pronta, porque acho complicado; porque na verdade eu complico! Eu ouço "o que quer barrar?", naquele tom tão familiar das segundas pela manhã, naquela sala sem muitos decorativos onde eu me encontro comigo. As questões que meu analista faz já foram muitas vezes título em meu blog, no entanto, creio que hoje meu título seria a resposta da questão desta segunda-feira. E neste parágrafo eu ainda não encontrei o título certo.
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Existe uma teoria em psicanálise, de M.Klein, que fala sobre as introjeções ruins em excesso, que levam o indivíduo a projetar coisas ruins para o mundo externo, de maneira agressiva. É claro que é muito complexo e só dou um exemplo superficial, mas eu me justifico muito por esta linha, parece que Klein escreveu isso um dia, só para que hoje eu pudesse ter isto como explicação. Eu já tomei muito tapa na cara, muito soco no coração e, hoje tá difícil não ser às vezes grosseira. Eu escrevo aqui, mas na minha vida nunca me expresso com amor. E como é difícil para mim, pensar em amar alguém, de novo. Esses dias um amigo que admiro muito disse "Amar? Quem sabe o que é isso? Amar é passar 30 anos do lado de alguém." Eu sou nova de mais para saber o que é amar, talvez eu nem tenha amado antes. E isso me conforta!
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Mas e, quando alguém ama a gente? Eu percebi que não sei fazer isso, não permito que alguém me ame. Eu não acredito no amor do outro e então barro. "O que quer barrar?" A certeza de que estou certa, pior do que não acreditar que o amor existe, é ter certeza disso, e eu não posso mais me decepcionar. Algumas pessoas sofrem por amar, alguma Marília no passado já fez isso; hoje eu em crise por aquisição de um possível amor, aquele para passar 30 anos juntos. E o que eu sei sobre 30 anos? A vida é muito mais que isso. Às vezes é preciso apenas viver, sem título, só por viver! Não vai dar para saber tudo, no desenvolver a gente se encontra, se titula, aprende que o amor não tem idade. Porque o melhor que pode acontecer não terá nome. Inominável mesmo é amar e, é muito bom sentir a certeza de que isso é certo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Quase nada...

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Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

HOJE...



Ninguém me disse que não seria fácil, mas eu também não imaginei tão difícil. Cansaço é para os fracos, e eu só paro quando consigo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mas o que resta à vida...

Vai um dia, vem outro,
E tudo pode ser revelado na alegria,
Na paz dos sentimentos puros,
Na intenção de atitudes nobres
Nada fica no ontem,
Nada desaparece no hoje
Pois o hoje é o reflexo de ontem,
Fazendo caminho para o amanhã
Na paz do amor, sempre existe a espera
Na paz do amor, sempre há desamores
Mas o que resta à vida
É que ela se renove a cada dia
E que cada tropeço seja um ensinamento,
Que cada dia nos traga o amadurecimento
Para que cheguemos a um determinado lugar
Conscientes
Que cumprimos a nossa missão
Deixando nela a paz e o amor universal imperarem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Com os pés no chão

Ele olhou a minha tatuagem, e como já esperado: "Que significa?" Após minha resposta, perguntou: "O que te fez pensar em algo eterno?" Na lógica ninguém faz uma tatuagem se não para a eternidade, de maneira que esta exista. Como uma neurótica estagiária de psicologia, eu quis devolver a pergunta "quem te fez não pensar no eterno?" Mas eu não estava na clínica, aquilo era apenas um diálogo e quem devia uma resposta era unicamente eu. Eu me vi na obrigação de responder, só que eu não sabia a resposta. Esclarecendo que isto não é só mais um texto, e sim como realmente aconteceu comigo Marília, pois aprendi de mais naquela noite na praia. Eu enrolei na resposta, mas a verdade saiu "eu não sei cara!" No desenvolver da polêmica conversa confessei que algumas coisas são sim para sempre, no entanto me contradisse mediante a tudo que vivi intensamente e hoje já nem me lembro.
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E por alguns instantes eu me arrependi da tatuagem. Eu falhei comigo, com a história que o universo guardou para mim, eu falhei com a minha vida. Foi o que pensei na hora, só que nestas idéias me vi crendo no eterno novamente, mas o eterno não existe, nem mesmo para minha pele. Quando eu morrer meu corpo irá para debaixo da terra e tudo que nele há. Eu pude aceitar que nada é eterno, conversar naquela noite mudou a minha visão da vida. Entendi que minha avó não deveria estar aqui mesmo, porque ela não poderia ser eterna. Errei por anos em não aceitar fatos da vida, eu não admitia que coisas e/ou pessoas se fossem. Eu nunca me perguntei "o que te faz pensar no eterno?" E mais que uma aceitação eu consegui entender também o perdão. Perdoar tudo que se foi e eu julguei injustiça. A paz foi tão grande que eu me senti capaz de perdoar a minha maior dor destes últimos dois anos. Não preciso me explicar muito, mas os assuntos da tatuagem, do eterno e do perdão estão totalmente ligados dentro da minha história.
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E eu posso dizer que esta é a minha postagem mais intensa, que vou guardar como desfecho de muitos textos e dissertações anteriores neste blog, quem acompanha tenho certeza que irá sentir. Eu conheci o poder do tempo que sempre me diziam; conheci o poder de Deus através de um anjo na terra e também o poder do mar na minha frente, totalmente livre para refletir sobre a mensagem deste anjo. Para uma vida além do que eu poderia desejar. Elaboração tamanha que posso conviver com esse temporário meio que indeterminado. E me deixei viver, desta vez com os pés no chão. Como aprendido o anjo também não era eterno e se foi. Cada um tem um motivo a estar na nossa vida, quando esse motivo acaba, a vida roda.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alma esta, por fim, pronta.

Uma noite especial pode acabar com todas as outras da tua vida, pelo simples fato das outras não serem iguais a ela. Uma única pessoa pode sumir com a tua esperança, por simplesmente jamais encontrar alguém igual. Um acaso pode tirar por completo a tua fé, por perceber que mais nada fará sentido após ele. Uma fase da tua vida para acabar com tudo de bom construído até aqui. Em um imenso quadro branco tudo que se vê é aquele pontinho de caneta preta no centro. Uma música é capaz de ancorar um lugar, um momento, um sentimento. Uma fútil briga pode te calar em qualquer outro momento de se impor. Uma personalidade perdida pode acabar roubando a tua, uma alma ainda mais perdida pode se agarrar à tua vida.
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Um cheiro pode fazer de todos os outros meros cheirinhos. Um choro ali naquele banco te impossibilitar de sentar em todos os bancos iguais aquele. Uma saudade pode ferrar com a tua alegria de sábado à tarde. Uma traição do teu universo pode te levar ao surto, por faltar um mundo para habitar. Uma mentira pode te enganar por longos anos, principalmente aquela contada para ti mesmo, e te destruir por dentro no saber que hoje é o momento de aceitar a verdade. A minha mentira contada até ontem, pelo simples despertar de uma noite também especial; o renascer de uma pessoa mais que essencial; coincidências tão melhores que os acasos.
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A vontade de uma fase jamais permitida; a capacidade de ouvir as mesmas músicas e saber conviver com as âncoras do passado, de maneira possível ressignificá-las. Ousadia para enfrentar tudo e controlar a própria vida, que na verdade nunca saiu de seu controle. Reconhecer que alguns perfumes serão melhores mesmo, mas nada mais que isso. Perceber que além dos bancos, existem as cadeiras e os puffs. Entender que saudade é como tatuagem, sempre lembrará concretamente dela. E encontrar um mundo para chamá-lo de "meu", habitado unicamente por sua própria alma. Alma esta, por fim, pronta para encontrar sua gêmea, e que nesta noite dormirá.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amanhã... Ação de Saúde 2010.

Amanhã irei atender na Ação de Saúde, para os interessados, segue a programação completa.
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No dia 23 de outubro, das 9h às 17h, o Campus Santo Amaro do Complexo Educacional FMU será palco da “9ª Ação de Saúde”, com os intuitos de orientar e de conscientizar a comunidade sobre os problemas de saúde que afetam a população brasileira.
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Essa edição do evento fará uma homenagem ao saudoso Dr. José Aristodemo Pinotti, conceituado médico, professor e homem público que muito trabalhou pela saúde da população brasileira. Pinotti também participou ativamente de muitas ações, palestras e seminários na FMU, passando aos jovens estudantes toda a experiência e conhecimento adquiridos em sua vida profissional. Dessa forma, o seu legado estará presente nesse dia para que todos possam se lembrar e conhecer os seus grandes feitos.
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Repleta de atividades, a iniciativa oferecerá serviços de avaliação corporal pela área de Educação Física, prevenção do câncer ginecológico – com coleta do exame papanicolau e autoexame das mamas –, palestras sobre questões comportamentais e dicas alimentares, conscientização sobre a importância dos cuidados com a voz, orientação sobre a posse responsável de animais, entre outros.
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Como a prática de esportes, o cuidado com a alimentação, a realização periódica de exames para o controle das taxas de colesterol e de glicemia (entre outros) e a avaliação da saúde bucal são algumas das obrigações que a população tem com a sua saúde e que, muitas vezes, são deixadas de lado por falta de tempo, uma ação como essa promovida pela Instituição é fundamental.
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Durante todo o dia, os alunos da área da Saúde estarão prontos para realizar esses atendimentos e ajudar o público presente a ter uma vida mais saudável.
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Participe e convide seus pais, amigos e familiares. Vale destacar que a “9ª Ação de Saúde” terá atividades de entretenimento para todas as idades.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ela. Ele.

Ela não dorme, tem fama de maluca. Ele sonha com ela, tem uma grande história e planos. Ela fecha os olhos para quem sabe não ver a realidade, ele respira perto de seu rosto e apenas a observa, ela sente isso. Ela também sente que não está sendo correta, mas quem nunca errou tentando apenas algo certo? Ele vive um amor simples de se sentir, enquanto ela complica todo o resto. Ela foi contaminada pela indiferença, um dos piores vírus. Ele não se importa por que sabe que é sua cura. Ele os vê, ela a vê e talvez aquele. Ele dorme. Ela toca, canta, estuda, implora por sono. Ele fica na dele, não é de hoje que a conhece. Ele se defende, como deveria de ser; ela também se defende, como não deveria de ser.
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Ele tem seus motivos, ela suas razões. Ambos para sim, para não, para "não temos nada a perder"; ou "deixe como está". Honestamente ela parou, regrediu e não vai falar a verdade inaceitável, não aguentaria mais julgos, basta ser a maluca indiferente. Ele não entende e fica ali, meio menino, meio homem ciente. Ele não vai embora, não percebeu talvez que é apenas o que falta para que ela note seu vazio, já que não o nota. Olhos verdes dela, medrosos, descrentes. Olhos verdes dele, tão lindos e certos. O par mais impar que minha vida já assistiu. É, ela está bastante perdida, e chora no colo dele, que sempre está ali.
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Ela acorda cheia de pesadelos terríveis, ele está ali. Ele nunca sabe quando ela realmente está em cena, dias a tem, dias não; quando ela está, ele está ali. Ele cuida, ama em cada toque e olha a fundo; ela retribui o mesmo olhar e apenas se pergunta o por quê dele ainda estar ali. E então ela o toca, sente uma alma, um coração que sabe bater. Condenada, se afasta. Ele mais uma vez respeita, sabe exatamente onde ela andará e ainda que não volte "valeu à pena". Ela simplesmente vai esquecer e não se importar, é indiferente, não faz questão da cura, nem dorme mais. Ela foi contaminada e parece que aceitou. Ela se foi, ele ficou.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu acho que gosto deste poema

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
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Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?
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Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
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Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
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Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?
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Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?
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Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?
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Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que 'dele' não lembra nem o nome?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Caipira Bréga

Quem me vê não diz exatamente como eu cresci, mas isso não importa muito. Quando cheguei na cidade estranhei muita coisa, desde então já mudei muito, claro. É inevitável. Mas não dá para aceitar algumas coisas que eu vi e ouvi por aqui. Tenho visto pessoas ouvindo uma única música sertaneja da mídia e dizendo que curte música caipira ou que é um caipira bréga. Desculpa, não é bem por aí. Enfermeiros não são médicos. Portanto, permitam-me defender uma raiz minha. O caipira não veste xadrez, e sim o que tiver. Não tem um estilo modelo, que pode ser copiado. Ouve música no rádio, não em MP3 Player. Não toca sanfona e violão, puxa o vanerão.
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E por falar em música, ouvir sertanejo universitário é bastante diferente de ser caipira bréga. Isso de fato me irrita. Eu cresci numa cidade muito caipira, e fui usar chinelos na cidade, o autêntico bréga... anda descalço, tem pés chatos para comprovar isso. O caipira vive na roça, não frequenta Shopping Center, nem entende de moda. É sem cultura, mas se tu sentar com ele, te ensina que vida é pra ser vivida, e não distraída com milhões de atividades vazias. Quando eu vivia no mato, com chimarrão e cachorros para ocupar minha tarde, eu era muito mais feliz do que hoje, com faculdade, programações com amigas, organização de tempo.
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O dia tem 24 horas e a gente percebe isso. Não diga que és caipira bréga por não estar na moda, porque a moda hoje é estar fora dela. Não diga que és caipira bréga por curtir uma baladinha meio cowboy, porque uma coisa tem nada a ver com a outra. Não diga que és caipira bréga porque não aguenta uma noite como tal. Tô falando de pegar a laranja no pátio pro suco no café da manhã. De não matar aranha por que "ela não desce aqui não". Nem preocupar-se se está te agradando, pois quem quer aparece, quem não quer grito daqui mesmo "Óóóhhh tarrrde!" De vestir uma calça que te deixe confortável, e não dar nome à ela. Respirar ar. Ter terra nas unhas. Beber água da torneira em copo de alumínio.
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O maior estrago que fizeram na minha vida, foi me botar num curso de etiqueta na cidade. Quão grande é a minha saudade de não saber de esmaltes, política, marcas e com qual mão e como devo segurar os talheres. Não poderei ser uma caipira bréga como fui na infância, sempre vou saber do que aprendi aqui. Mas não vou deixar que pessoas continuem a falar do que não sabem, jamais saberão. Eu odeio o padrão, odeio esse povo que não sabe o que é ser roots e faz moda disso. Conhece teus vizinhos? Pois é, o vizinho do cara bréga é compadre, não racha a conta, divide a batata. Jamais saberá o que é isso. Por fim, isso é tudo o que eu sempre tentei explicar e nunca me fiz entender. Não sabe o que diz? Cala a boca, porque eu já estou de saco cheio dessa modinha superficial.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Se minha vida fosse um filme...


Minha vida num menu. À duas horas do "felizes para sempre". É, seria bom se minha vida fosse um DVD para assistir num sábado a tarde. Usaria a tecla "subtitle" para que todos compreendessem o que eu realmente quero dizer sempre. Nos momentos difíceis eu clicaria o "pause" e depois passaria um capítulo. Voltaria mil vezes naquela noite inesquecível e que deixou saudade. Eu riscaria aqueles capítulos que me arrependo, para que ninguém mais possa assistir, criticar ou eu mesma lembrar que fiz. Um DVD possível de cópias, porém original, onde só eu vivi deste jeito assim. Eu colocaria no menu cada pessoa que cruzou meu caminho e marcou de alguma forma, para poder revivê-los quando der vontade; alguns sempre.
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Eu me emocionaria cada vez que ouvisse a trilha sonora. Qual? "Senhor das Manhãs de Maio" (novidade para ninguém) de Guto Teixeira na voz de Luiz Marenco. O classificaria como uma simples biografia, onde encontramos comédia, suspense, romance, ação e uma história verídica. Algumas cenas eu passaria em câmera lenta: o casamento da minha irmã, meus momentos com as crianças e a Doty, meu aniversário de 17 anos e algumas noites que desejei dormir mais. Daria zoom no rosto de um grande amor, quando sorria, pouco antes de riscá-lo para esquecer-me dos detalhes que não me cabem mais e esquecer também que fui apaixonada um dia.
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Não precisaria comprar passagem aérea, pois iria para o Rio Grande do Sul e voltaria tudo através do controle remoto. Precisaria muito mais que um sábado a tarde para assistir este DVD! Quando muito cansada eu poderia clicar o "stop", afinal, nada que um "play" não resolva depois. Não faço questão de escrever ou dirigir o filme, essa função é de Deus e do destino, mas ter controle desses capítulos seria interessante. Cada capítulo deveria ser transmitido ao menos uma vez para se concretizar minha história. Eu voltaria em 2006 para sentir o cheiro do cabelo da minha avó de novo.
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Dançaria novamente naquele baile de concurso das prendas do Centro de Tradições Gaúchas Tropilha Crioula, o qual tirei o 1º lugar como tradicionalista mirim no Rio Grande do Sul; voltaria em 1996 para viajar de Vitória-ES à Porto Alegre-RS pelo litoral parando nas praias com minha família. Ah, eu repetiria tantos capítulos tantas vezes! A faculdade foi legal, mas sei que seria um capítulo que eu deixaria transmitir apenas uma vez e nunca mais. E como minha vida não acabou ainda, o filme terminaria inacabado, com aquela chamada para o 2. rs. Bá, quanta ficção!!

sábado, 18 de setembro de 2010

Lugar no espaço não se divide

Eu fui princesa sem herói, por que acha que eu repetiria o mesmo erro? Se alguém me convencesse de que o erro não foi meu e, que o outro nada tem com isso, quem sabe? Mas eu não acredito. Não sei ser, nem querer. Preocupada comigo, focada em mim. Aquele egoísmo que aprendemos com a vida. Eu saio para dançar, não te quero por perto, me deixa. Eu vou à faculdade para estudar e já tenho um grupo fixo de atendimentos, não quero novo parceiro de trabalho, me desconsidere. Eu não ligo. Eu escrevo do que sinto e vivo, eu sinto minhas vontades e vivo a minha vida. Já tenho amigos da vida toda, fazer um agora seria algo momentâneo e eu não vivo de momentos.
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Tu podes me dizer coisas belas e até mesmo tudo aquilo que eu quero ouvir, eu posso até sorrir, mas eu não acredito, eu não ligo. Vou seguindo com meu tipo, que observa tudo, mas olha pra ninguém. Honestamente não tenho paciência pra quem não come palmito, eu não preciso de companhia para dificultar o pedido de pizza, meio a meio é pra quem divide e eu desaprendi a dividir. Não tenho tempo, nem vou esperar, tenho nada a perder. Além de mim, há o que tenho para fazer e o que de fato farei, por mim. Eu, tão dependente de alguém, afasto de mim qualquer possibilidade de outrem. Quando as coisas começarem a mudar dentro de mim, sei que tudo está no meu controle, não vou pensar duas vezes em cortar pela raiz. Se eu não sei quem sou, tão pouco saberei de outro... E eu preciso saber.
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Ninguém me conhece, só eu sei do que fui capaz quando me vi num lugar, onde só eu estive, por que lugar no espaço não se divide, ainda que bem juntinho. Só eu sei, eu só sei, que eu só serei. E eu não acredito, nem ligo pra que alguém possa querer mudar isso, afinal... Do tipo que não olha pra ninguém. Quem é amigo de todo mundo não é amigo de ninguém. Vejo o mundo, olho nada. E não por que eu me complete, mas por que eu não acredito, nem ligo, que isso possa existir. Eu fui uma princesa sem herói, e deste lugar, só eu sei. Então, eu passei simplesmente a não acreditar, nem ligar, para absolutamente ninguém, além de mim. Fique por aí.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

HOJE...

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Deus é muito generoso com o ser humano... Essa árvore na minha janela, cheia de florzinhas brancas, que caem conforme o vento e enchem o chão de uma pluma branca. Não tem preço. Eu, ser humano, não mereço tanto.

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A minha saudade

Ver o perdão sincero, a completa empatia. Cada família ser uma família, desde aquele tradicional triângulo edípico ao ato de adotar um cão. Ligar a TV e sorrir, apenas sorrir com a liberdade de sair pelas ruas sem cuidado. Justiça para todos: pessoas, animais, natureza. Humanidade, liberdade e igualdade no meu povo. Cura do câncer e extermínio dos psicopatas. Espiritualidade e educação. Instinto representado com pulsões de amor e, que a pulsão de ódio seja sublimada com pessoas de garra e agressivas em direção ao bem maior. O amor nos corações, aquele amor que evolui, que cuida, que ama e não desanda.
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Torpedos que transportem um toque, só para aproximar as peles. Um casal feliz com uma história de fidelidade e companheirismo eterno, ainda que não seja para mim, só para eu saber que é possível. Um cachorro eterno, pelo menos até enquanto eu respirar. Adultos crianças, crianças permitidas. Ódio só para esconder aquela louca paixão, que logo é desmascarada. Há uma música quase hino e cabe completar aqui com um verso "Quem me dera ao menos uma vez, acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes". Rosa ser rosa. Azul ser azul. Não esse arco íris vulgarizado que eles chamam de liberdade de expressão.
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E por falar nisso, ver opiniões e não cópias. Autenticidade sem julgo, sem sair da sua cor, do seu tom e sua essência. Um ser sem medo de se apaixonar, sem traumas para curar ou negar. Pessoas com sensibilidade para perceber que os cachorros falam, as árvores respiram e que cada espécie de inseto tem um nome que os personaliza, como todos nós, sendo assim também com direito a vida. Ver a morte como uma saudade boa, separação passageira. Puxando o gancho da saudade... Quão grande é a minha saudade de tudo que eu ainda não vi.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

HOJE...

Textos guardados no arquivo, guardados na minha memória... Vou postar nada tá? Passando em meu blog hoje por pura saudade daqui. Como vão indo? A minha vida tá corrida, graças a Deus! Semana passada foi uma semana cansativa psicologicamente falando, mas dizem que final de faculdade é assim mesmo. Decidir o futuro é complicado quando não se pode mais dizer "Vamos ver o que rola lá na frente", pois o lá na frente é hoje. Finais de semana longos, eu tenho curtido bastante, conhecendo uma galerinha nova. Ando apaixonada por aí... Com poucas palavras, em dias que escolhi me guardar um pouco, elaborar bem. Viciadíssima no Facebook, rs. Festejando muito, aprendendo muito...
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Uma nova semana começando hoje, estou curtindo novos ares, e o melhor não é estar em novos ares e sim conseguir curti-los! Tá tudo bem, enfim. Andei um pouco estressada com os compromissos, mas faz parte, né!? Falei com meu irmão esses dias, quase morro em lágrimas de uma amarga saudade, mas misturadas com alegria de vê-lo tão bem, tão maduro, fazendo psicologia também, tão gato (ligamos a webcam rs), tão tudo! Fechei planos para minha carreira, tô empolgada quanto a isso e já me preparando, vem um concurso pela frente que tá no meu foco agora, mais pra frente conto melhor.
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A nova casa? O pessoal tem me perguntado, rs, nunca mais comentei. Tá legal, fiz amizade com vizinhos. Descobri o origem do galo, que na verdade são vários galos... A sala ainda precisa concluir, farei uma parede colorada, claro. Alguns amigos já conheceram, muito bom isso. Fica bastante próxima de grandes amigos, o que deu um ar condomínio, todos sempre juntos. Minha cachorrinha continua cagando o pátio inteiro, não teve jeito. E todo sábado necessito varrer as milhões de folhas que caem da árvore de frente. To esperta do lugar já, conheço todos os ônibus, atalhos, baladinhas, feiras pra comprar pastel, mercado 24 hrs ou não, enfim. Posso dizer que já me sinto em casa.
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Ah, correria é um pouco de desculpa pra tudo, metade to correndo mesmo e metade to permitindo curtir cá para mim os últimos dias. Tá gostoso, sereno. A vida surpreende a gente, muito, mas é ainda mais incrível como a gente surpreende a vida. Sensação de liberdade, alívio, superação... É isso meu blog, me "cobraram" que estava há dias sem postar, então tá aí... Estava com uma saudadezinha também rs, confesso! Em breve escolho um texto e posto. Ótima semana pra gente! Beijos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Agenda em branco.

Falta o que escrever, porém tão cheia. Por quantos dias tentei explicar minha falta, meu vazio? Sem mais um texto de insatisfação, tão parecido e com as mesmas inspirações... Eu, tão cheia. É essa coisa que diz "Às 18h45 em tal lugar" ... "Te busco às 23h00, esteja pronta." E tudo que sinto vontade é de algo tranquilo, sem hora marcada, só por estar ali. Não sei se é uma fuga de qualquer comprometimento, mas por quanto tempo comprometida e hoje livre ao ar. Tão cheia disso, desmarquei todos os meus horários, por mim. Arranjo poluído, menos por favor. Hoje o dia será preenchido. Quanta roupa para passar. Diversos dias para resolver diversos problemas. Lembre-se de passar no supermercado.
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Preciso fazer a unha e ir ao banco, mas a manicure só tem horário às 15h30 e o banco fecha às 16h00, antes ou durante o almoço em família. Desculpa, mas eu desmarquei todos os meus horários, por mim, tão cheia disso. Há dias tenho parado para escrever e disso não saio, parada, sem o que poder elaborar. De início pareceu vazio, então consegui juntar ou cindir para palavras. É aquela multidão em silêncio no lance quase gol, tão cheio de sentir e vazio de ruídos. Assim eu, tão cheia de sentir e vazia de palavras, parada. Difícil de mais. Os polos estão mais próximos do que podem imaginar: Cheio de luz, vazio de escuridão; amor pelo que lhe odeia, odeio de amar; vontade de nada, tudo de vontade.
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Tão cheia de teoria, livros para ler, após esses dias de folga devo acabar o último livro para o próximo seminário. Tão cheia de engolir, vomitei ele, nele. Tão cheia de pensar, dormi. Tão cheia de sonhar, acordei. Tão cheia de viver, tomei um banho e comecei de novo. Desculpa, mas eu desmarquei todos os meus horários, por mim, hoje não nos veremos. Tão cheia do que me tornei para com o outro, desliguei meu celular, não aceitei companhia, decidi me reconstruir para mim, por mim. Não pergunte o que irei fazer amanhã, por que irei desmarcar qualquer evento que me encha ainda mais, seja ele real ou imaginário.
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Quando a minha vida passou a não depender de absolutamente ninguém além de mim, essa ousada liberdade tomou conta e eu desmarquei todos os meus horários, por mim, tão cheia daquilo. Organizar os horários entre fazer a unha, ir ao banco e almoçar em família se tornou fácil, quando me vi com uma tarde para esquecer um passado e uma atitude para decidir um futuro. Tão cheia de pressão, escolhi fazer nada. Tão decepcionada com as pessoas, admirei minha cachorra. E com a agenda em branco, tão cheia de fuga, me permiti surtar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

2 anos do mmafra.blogspot !!!!

Hoje é um grande dia. Porque meu blog comemora 2 anos de existência!!! Parabénsss! Eu já teria fechado este blog se não fossem todos os amigos que sempre me visitam. Este ano cresceram meus seguidores, o número de visitas em meu perfil passou de 700, amigas criaram blog para compartilhar este mundo bloggeiro comigo e, eu estou muito feliz com o crescimento. Agradeço de coração à todos que me inspiram com vivências boas e também ruins, que me permitem continuar a escrever... Por que minha vida é isso, se tu me faz bem vira meu amor e um texto meu; se tu me faz mal, vira motivos para eu amadurecer e escrever.
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Agradeço aos amigos que sempre comentam, Adriana, tia Tati, Otávio, Thalita, Carol, meu cunhado José, as gêmeas... Os amigos que comentam diretamente para mim, minha mãe, a Carlinha, Bruno minha vida, Thi, Juju, a Cris lá em Brasília também... Ah gente, todos todos, de cabeça posso esquecer alguém. É muito bom recebê-los, sempre. Este ano recebi críticas que foram válidas, amadureci muito, aprendi com meus textos e foi também bastante divertido compartilhar este tanto de mim e do que penso entender da vida. Em momentos de muita dor este ano, estar por aqui foi muito bom, o acolhimento de vocês. É maravilhoso poder rir e chorar com vocês!
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Bá, sem palavras! Parece exagero, mas o meu blog me faz uma pessoa muito mais feliz. Espero continuar com ele por muito tempo, evoluir cada vez mais e sempre conseguir mantê-los por aqui. E nesta nova fase, boa que vem ficando, é aqui que eu vou dividir cada etapa... Bem feliz! Aos que sempre passam por aqui e não comentam, mas que de alguma forma me acompanham, quero agradecer. Não os vejo diretamente, mas acompanho pela minha ferramenta de visualização das visitas e sempre fico muito feliz como vem crescendo! Muito legal mesmo, galera!! Era pra ser só um parágrafo de aniversário, mas eu não consigo escrever pouco rs. Valeu de verdade. Este dia é meu, é do meu blog, é dos meus leitores... Este dia é nosso!

HOJE...

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... ela viu que não havia mais motivo, nem razão e pôde perdoá-lo.
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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como perder uma mulher em 10 dias

Há muitos livros e já saiu até um filme falando em como as mulheres não devem agir para segurar um homem, e acho que não é bem por aí... Encontrar homens que segurem uma mulher, tá muito difícil! Então resolvi escrever sobre o assunto. Não é novidade que as mulheres estão buscando independência completa, ainda que o completo não exista, e eu tenho certeza que essa independência já foi alcançada. Para a grande maioria sim. Então, deixa a mulher à vontade, deixa ela fazer as coisas dela, ir à manicure envolve um contexto de fazer a unha + decidir a cor do esmalte + falar mal de ti + falar mal da tua ex + falar bem de ti + atualizar-se das últimas... Isso demora mesmo. Ela vai te procurar! Quanto mais tu ligar, menos ela ligará. Quanto menos chamar, mais ela ficará curiosa de como vão as coisas por aí e acredite, o tempo que tu passarás esperando ela ligar, ela estará pensando "Vou esperar mais um pouquinho e ver se ele liga". Não existe uma regra geral, mas sou mulher, estudo psicologia, e tô falando de amiga para amigo.
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Algumas coisas devem ser esclarecidas na fala feminina, sinto que os homens não compreendem e nem devem mesmo (isso faz deles homens) o que as mulheres realmente querem cada qual em seu discurso. Quando ela pedir para ti ligar, ligue. Quando ela pedir que não ligue nunca mais, é a grande oportunidade de aí ligar. Quando ela não falar nada, com certeza tu não importas mais para ela e, cara... some antes que qualquer fiapo de chances futuras se perca na atenção que já está em outro homem. A mulher quando está solteira, ela não está sozinha, não manda um torpedo de madrugada por que isso é invasivo de mais. Vai com calma, no simples ato de se apresentar, pode ter certeza que se ela gostou da aparência... tu já está na listinha dos prós e contras para o grande processo seletivo, e a partir daí, é só agir com tranquilidade que sai disparado na frente dos concorrentes. Não abre completamente, nem segura com força, é aquela metáfora da areia nas mãos.
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Quando eu digo "mulher", me refiro a uma mulher de verdade e não as ditas "vacas", destas eu não saberia escrever. É bom esclarecer, por que sem dúvida, algum homem já deve ter pensado "Ahhh, mas tem muita mulher fácil por aí heim?!" (então, só para esclarecer). Enquanto tu está pensando em como devem ser os seios dela sem essa blusinha e que tem crédito no cartão para o motel ao sair dalí; ela está prestando atenção em suas unhas, higiene das orelhas, os redemoinhos do cabelo, o estilo do perfume, o quanto tu já bebeu. Então não bobeia no cuidado com a aparência e comportamento, seja o ator que há dentro de ti. Discrição e perfume é meio caminho andado. Antes de rolar um namoro sério, não se iluda que ela tá só contigo... A mulher vive de focos, a atenção dela é muito centralizada para o que no momento destacou-se. Ela vai oscilar, dias ela parecerá super afim, dias ela estará na do outro, e com certeza haverá momentos em que ela estará ajudando a amiga com o último fora. Entenda tudo isso.
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Se é ela que tu realmente quer, deixa ela de lado! Tua última ligação ela nem atendeu, te lembra? Fato que é uma limitação masculina e o homem não vai entender a cabeça de uma mulher, mas da maneira que der, tenta! Se der certo e ela botar na cabeça que é tu quem ela quer, passou no vestibular meu amigo! Agora é só dedicação, que nada tira isso da idéia neurótica da moça. E aí, aguenta a cobrança, pois os papéis invertem. É o ciclo das relações, por isso depois que casa "a mulher vira o diabo". Há estudos de que a mulher precisa se sentir inferior, como no primitivo com o "macho protetor", não dá pra generalizar isso, a mulher precisa ser o centro do assunto, deixa ela falar. O homem peca em querer falar muito dos seus pontos bons e o quanto ele é foda no trabalho, por exemplo; tchê... A falar de si mesmo, preferível sair por "o cara misterioso", fala nada, deixa o marketing pessoal pra próxima entrevista de emprego. Mulher é curiosa, estimule isso, que ela jogará teu nome até no Google.
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Agora, se quer perder uma mulher, pirraçar, tá fazendo de tudo para que tua namorada termine contigo para não sair como vilão... Faça o contrário. Liga toda hora, mande flores no trabalho dela (não tem coisa mais invasiva que isto e o homem acha que arrasou). Expresse bem o quanto teu trabalho é conhecido e teu chefe te adora. Finge que entende de mulher (essa é fatal, pois nos remete ao vulgo "viado"). Seja pontual. Na terça-feira pergunte o que ela irá fazer no final de semana... Das duas uma; ou qualquer atenção perderá o valor, pois ela tem tudo em excesso; ou ela se tornará loucamente interessada por aquele carinha novo na faculdade, que chegou sem ninguém saber de onde e deu a mínima para ela. Ilusão esse papo de que a mulher gosta de mostrar para as amigas o quanto o cara tá louco por ela, quem faz isso é por que de fato não é feliz no relacionamento. Uma mulher realizada não precisa provar isso para ninguém. Seja o "cara perfeito" e perderá uma mulher em 10 dias.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um escritor


Um escritor sacrifica a sua intimidade, para que o leitor leia, identifique-se e diga: "Pode crer, esse cara manda bem!". Por que na verdade ele escreve tudo o que todo mundo já sabe, mas que só ele teve a coragem de admitir e publicar. E no fim leva o título de poeta! E o leitor continua acreditando que ninguém sabe das suas fraquezas.


M.M.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O psicopata - Alerta

Eu resolvi escrever sobre este tema, pois estudo psicologia mais que tudo e psicopatia é uma peça que vou encontrar bastante na minha carreira forense. Quero escrever como forma de alerta, claro que nem todo "cara mau" é psicopata, mas sem dúvida alguma ele é quem menos podes imaginar. Ana Beatriz Barbosa Silva escreveu um livro chamado "Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado" (recomendo geral) e acho que não existe título melhor para o tema abordado. O psicopata não é simplesmente o cara que mata sem dó e veste roupas de filme de terror. É aquele cara que conquistou todo o mundo com sua simpatia e comunicação, ele faz a vítima sentar na sua mão - e como ele consegue isso fácil! - para então arremessá-la pelo abismo.
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Um psicopata é capaz de acabar com uma família inteira, ele te faz amar sem sequer saber o que é o amor. É o cara inteligente, que fala de tudo, tem poder (o que é diferente de valor material). Digo "cara" no sentido figurado, a estatística é de que entre homens e mulheres na população, 4% é psicopata. Chocante? Muito. O cara que te traz sentimento de piedade e tu como um ser humano que és, age com generosidade e faz de tudo para ajudar, o psicopata vai usar este humanitário para acabar com a sua vida; seja financeira pedindo dinheiro emprestado; seja com tua carreira puxando teu tapete; seja com tua vida emocional, enfim.
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A capacidade de certo e errado está no nosso DNA, ele tem isso, mas não sente qualquer medo ou preocupação com as consequências, ele age em função de conquistar sua própria satisfação, não vê leis, vive suas próprias regras totalmente ciente de que não está agindo corretamente. Não tem ligação com má criação e educação, quem nasce psicopata morre psicopata, é genético. Crianças violentas que matam animais por diversão podem apresentar uma psicopatia, os pais devem trabalhar essa estrutura desde cedo e direcionar para o bem, usar a estrutura irreversível de maneira positiva e sociável para o indivíduo, por isso nem todo psicopata mata de fato.
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Não podemos confundir o psicopata com pessoas onipotentes e narcisistas, que também são estruturas parecidas, mas que estabelecem relações normalmente, têm a capacidade de amar e possuem empatia. O psicopata apresenta onipotência e narcisismo, porém todas as relações que estabelece é exclusivamente para seu benefício e em alguns momentos vai aparecer este interesse por sí só, geralmente, em momentos muito próximos ao "bote" final. Por isso minha alerta, procure conhecer o passado das pessoas que escolhes para convívio, a família, a infância, são dados importantes.
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Lutar contra este cara é lutar contra o seu próprio humanitarismo, ele não vai mudar e cada vez mais sugará de ti o que for do interesse dele mesmo, após, jogará "o bagaço da laranja" no lixo. Sempre. Portanto, atentos a pessoas com essas características, ausência de afeto, culpa, piedade e arrependimento. Qualquer sentimento relacionado a empatia não existe. Mas cuidado! O psicopata finge amar de maneira talentosa, chora de modo que acreditamos na cena. Lembre-se sempre que ele não sente, não vai se chatedar contigo, tu não importas para ele. Ajude sim, mas a si mesmo, afastando-se de pessoas assim, não sinta culpa por deixá-las na lama onde possam estar, pois nem elas mesmas podem sentir isso.
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Ana Beatriz relata uma observação bem pequena no meio dos capítulos do livro que acho importante compartilhar; eu já tive contato direto com psicopata e é muito verdade a colocação dela, a atitude dita "estranha"... Quando pensamos para nós "que cara esquisito", geralmente devemos tomar cuidado com ele. E pela minha percepção, aquela pessoa "perfeita de mais", atenção aí. É isso galera. Claro que existe um estudo enorme em cima do tema, mas para o blog e no meu foco que foi alerta para possíveis vítimas desses monstros, tá aí meu texto de caso. Vale lembrar que nada veio da minha cabeça, com minhas palavras e de modo que o leitor compreenda, são dados de estudos científicos.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MÚSICA

Cara Valente / Maria Rita

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Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir...
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Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar
Com o coração
Olha lá!
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo Cara Valente
Mas veja só
A gente sabe...
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Esse humor
É coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai não...
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Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só!
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só!
Um jeito de viver
Nesse mundo de mágoas...
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Felicidade é SER COLORADA

Devo estar olhando pra edição do blog há uns 10 minutos pensando em como começar. Pra tentar não ser tão óbvia. Ainda nos primeiros minutos de jogo, quando a m a r a v i l h o s a torcida colorada começou a cantiga "Inter, estaremos contigo, tu és minha paixão. Não importa o que digam, sempre levarei comigo minha camisa vermelha..." Declarando que independente do que acontecesse naquela noite, estávamos nós ali de camisa no peito, esta é a nossa paixão e nada poderá mudar isso! Já nesses primeiros minutos a emoção veio dentro de mim, junto com toda a ansiedade que passei o dia inteiro e eu não me contive mais. Cantei junto como se estivesse no Gigante. A Rede Globo passou a letra das cantigas na tela, como para que o Brasil inteiro cantar junto uma alegria brasileira, um orgulho de ter um futebol destaque!
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Tchê, eu escrevo do que meu coração está cheio, mas hoje é como se tivesse explodido e eu tivesse perdido o controle do que há dentro de mim. Uns chamam de fanatismo, eu sei. Eu chamo de tradição, amor, paixão e garra! Lutamos por este título, todo o histórico do INTER eu tenho certeza que arrepiou muito torcedor não necessariamente colorado. Foi lindo de ver, a multidão vermelha, as bandeiras, meus irmãos chorando... Sem dúvidas não foi um jogo fácil, o estado do Tinga acretido que prove bem isso, rs. Guerreiro Tinga! A falta do Alecsandro e o quão de responsabilidade ele tem com esse bicampeonato. D'Alessandro, ô argentino útil esse! Sobis, deixa mais uma história pra gente. E meu favorito Giuliano, arrasou sempre, salvou muito e não poderia ficar de fora nessa final com um gol s e n s a c i o n a l, correu quase que literalmente em direção a taça mais desejada da América e, aí está ela....
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Leandro Damião, quando ele foi entrar pensei "quem é esse?" Loucura, o cara que eu jamais esquecerei! Não preciso dizer que estou muito feliz com o time todo... Renan, era nítido que estava sentindo o jogo como todos nós. Honra em receber o Pelé com seu lindo paletó vermelho no Beira Rio, para entregar a taça ao capitão Bolívar. Lindo, lindo de mais de ver! Sem dúvidas agora é sonhar com mais um Mundial, mas por enquanto, me contento só em encontrar com um gremista! Por algumas vezes na minha vida, eu me perguntei "o que é felicidade?", tenho até posts aqui falando sobre o tema, e ontem a noite, sem dúvida alguma eu pude concluir que entre outras coisas boas que me acontecem na vida, felicidade é SER COLORADA!


Quero retribuir o carinho à todos os meus amigos, não colorados, que me ligaram ontem, mandaram mensagens parabenizando... Reconhecer um grande time assim é só para quem tem nível e isso precisa ser valorizado. Eu só comemoro com quem amo e foi muito bom ler cada mensagem e receber cada telefonema! Modéstia a parte, foi um título merecido, e eu admiro quem consegue admitir isso. E também não poderia deixar de falar que o bem sempre vence, o Chivas jogou sujo e isso foi explícito, muitas faltas, D'Alessandro levou três socos durante a partida, sem se falar na falta de respeito de um indivíduo que não merece o nome em meu blog que desrespeitou o Hino Brasileiro, para mim isso é completamente inaceitável e deveria haver punição, mas é aquele negócio, o bem sempre vence e tá aí nosso Bi na Libertadores, nada mais justo!
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Vou curtir esse título, pra um dia contar pros meus piás colorados que desde sempre eles têm o melhor time do mundo. É internacional! Sou colorada e nada muda esse sentimento!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

IRONIA COLORADA

Sei que é chato quem fala muito de futebol, mas eu estava aqui pensando, não adianta o corinthians acabar conosco por uma vaga na Libertadores, se a gente supera o fiasco e chega na final rumo ao Bi, depois de eliminar um dos grandes rivais dele, tricolor paulista. Que será que passou na cabeça dos corinthianos, tchê? Que passariam da gente? Do SPFC? Vai saber.. Nessas horas, bate a lembrança da Copa do Brasil 2009, mas é só isso. Danem-se os erros de arbitragem que favoreceram ao corinthians e a soberba dos são paulinos. Valeu lembrar e mostrar quem é a autêntica alegria do Brasil! Contudo, ainda pela manhã dois são paulinos já me ligaram. Alegria alheia incomoda, eu entendo... VAMO INTER!!!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Brilha diamante *


... foi quando tão arrependida, de quebrar o cristal que fomos nós. Ele me disse que na verdade, não trata-se de um cristal, mas sim de um diamante que quanto mais lapidado, mais precioso.
"É dificil de se conseguir, se cria em alta pressão, temperatura e stress natural. Após extraído, é polido em várias etapas para se conseguir a forma mais bela. (diamante)" O.Falcão.
O que fazer com a jóia mais rara? Brilha diamante!

Falsa onipotência feminina

Ela acorda sozinha, corre bem cedo. Passa no mercado e vê o que irá almoçar, prepara o almoço na panela pequena e serve a mesa para ela mesma. Come e bebe exatamente aquilo que gosta, sem azeitonas. À tarde arruma seus livros, passa o aspirador no tapete como bem aprendeu. Ouve as músicas que quer, liga o DVD que verdadeiramente curte. Sem uma louça enorme e ter que aturar qualquer som que não queira, embora tudo o que ela queria esteja no par de pratos sobre a mesa ao som da Maria Bethânia ou Jorge Ben Jor. Ela marca a manicure e fica lá mesmo já pronta só para uma fofoquinha extra e, aproveita para acertar a sobrancelha, afinal... De noite tem baladinha!
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Ela come três pedaços de pizza, por que só cabe a ela saber que isso lhe custará um amanhã sem café e janta, talvez uma sopa. Paga as contas, ela trabalha para isso. Ela veste o vestido novo curtérrimo e vai badalar, por que ela não deve nada a ninguém e sabe das suas lindas pernas, as mesmas que amanhã ela achará celulite e correrá mais 1 km que o de costume. Ela dança, dança muito, e não depende de ninguém para ser feliz. Ela é livre e vai sem hora para voltar. Com os ombros de fora, ela mostra sua maior ousadia, a tatuagem um tanto de mistério, um tanto de loucura independente e em contrapartida, um tanto de fraqueza e impulsividade arrependida.
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Ela sabe o que quer, olha o ambiente de canto a canto como a fina avó ensinou, ela olha as pessoas. Liga para a amiga, é breve, pois não gosta de falar ao telefone. Ninguém sabe o que ela irá fazer, o que dá vontade ela faz. Nem mesmo ela prevê, pois não depende de ninguém para combinar nada. Simplesmente sente e faz. Ela vai ao psicólogo, vai ao dermatologista, à esteticista e ao parque, aprendeu a se cuidar em todos os aspectos e ainda que não esteja na moda, tudo bem. Ela se sente completa, completa como uma mentira bem contada. Trabalha, estuda, e vai sempre bem perfumada, o creme de açaí, o novo perfume e sempre o mesmo sabonete.
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Por não precisar da opinião de ninguém ela usa a roupa que quer, o salto ou a havaiana. Vai à padaria de pijama, varre o pátio de sapatilha. Sim, ela é feliz. Dorme por que quer, acorda por que precisa. Faz o que tem que fazer, mas valoriza o que quer fazer. Ela vive a sua melhor fase e sim, ela chora. Vai ao shopping sem hora. Assiste ao futebol de domingo solita e o Terceiro Tempo para entender 90% que ficou confusa. Ela se vira! Responde, sem exceção, todas as mensagens que recebe no celular, mas como quer responder e como a preguiça de digitar a permite.
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Ela é anti social, docemente bruta e do grupo das mais inteligentes e bonitas, é conhecida. Embora se sinta ignorante para falar de política e acorde parecendo um leão de juba loira. Insatisfeita. Ela é pontual, se atrasa quando não interessa e desmarca quando muda de idéia. Ela canta bem alto, como que para alguém ouvir ainda que de muito longe. Muito longe? Sim, ela sente saudades. E com tamanha presença de si mesma, esta saudade não poderia ser dela mesma. Ela nega, com toda certeza ela é mentirosa a favor de suas defesas. Ela é uma artista.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

É HOJE.... VAMOS MEU INTER


Vamos meu INTER
Vamos ganhar lá dentro do chiqueiro
E que se foda os putos do grêmio
Campeão da FIFA é o INTERNACIONAL!!!

Vamos meu INTER
A vida inteira eu esperei por isso
Nas horas ruins eu estava contigo
E o Mundo inteiro eu vi tu conquistar!!!

Árvores de maças


Eu, sinceramente, não tenho paciência para todo esse design e tecnologia. E por que isso me irrita tanto? Eu queria bonecos palitos, cazinhas só com porta e janelas, árvores de maças. Coisas assim. Essa magia do 3D só tenta levá-los para um mundo sureal, fantasioso. E fantasia de mais é psicose! O mundo tá adoecendo e chamando isso de criatividade e evolução.
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M.M.

Te perdôo por não te querer mais

Pelos momentos em que tanto te quis e tu confuso, isolou-se no teu mundo e me ignorou, sem piedade. Por aquela noite em que te esperei pronta para sair e tu não apareceu, fique tranquilo, pois eu te perdôo. Pelo "eu te amo" respondido com silêncio. Por eu chorar feito maluca de saudades tentando entender a tua maluques. Por aqueles dias em que eu te esperei entrar na internet... Tu entrou, saiu e nem me viu.
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Eu te perdôo. Pelas datas importantes em que passei sozinha e pelas marcas de dor em meu coração. Por roubar a minha paz com tuas crises, assim como a minha visão da vida com tua indiferença. Te perdôo pelos dias desequilibrada com meu terapeuta tentando recomeçar uma vida e por gastar meu pouco dinheiro com psicoterapia. Por voltar pedindo perdão, dizendo que me ama talentosamente e em poucos meses repetir o mesmo egoísta, eu te perdôo. Por cada lágrima, cada mate solita, cada dor não expressa.
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Por todas as ligações não atendidas, não retornadas; pela pequena atitude que fostes preguiçoso para tomar. Por te esperar e esperar e esperar, sem nada entender. Por invadir meu vôo, minha raiz e o meu chão sem ser convidado, só para me ter de volta. Te perdôo por fazer de mim um troféu de bicampeão. Por sempre criticar grosseiramente minhas escritas e hoje ser um dos meus mais fiéis leitores. Por me ensinar o que é amor, o que é ódio, te perdôo por me ensinar o que é dar a volta por cima e trocar o meu repertório musical... Por não saber mais como viver e também por seguir o meu caminho e perceber um mundo tão bom sem ti. Te perdôo por eu não te querer mais.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Esclarecendo: Nada mais nem menos que textos.

Parando para escrever hoje, me privei de colocar o que eu realmente quis e então mudei de página e comecei este post. Costumo escrever sempre sem medo de expor o que penso, por isso não faço questão que fique sempre tão claro ou que concordem comigo. Mas em meus últimos textos eu passei por situações parecidas e quero esclarecer algo sobre meu blog. É fato que minha vida e relações interpessoais me inspiram a escrever. Mas gente, por favor... Isso não significa que todos os meus textos sejam em especial para alguém. E eu quero continuar escrevendo sem medo de perguntas depois, do tipo: "Foi para mim, né?"
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Meu subtítulo de blog é "Escrevendo meus extremos...", trata-se de uma personagem hoje, uma personagem amanhã, sempre inspirada em vivências minhas, quase sempre dissertativo e feito discurso neurótico; o que nem sempre será eu falando com quem lê, pode ser uma historinha que eu quis criar. Quando eu escrevo para alguém, eu começo ou termino dizendo que é um texto dedicado a tal; quando isso não ocorrer, trata-se apenas de um texto meu. Quintana e Lispector não viveram tudo o que escreveram, mas com certeza tiveram um estilo de escrita inspirado pela própria vida, assim como projetaram elementos deles, podendo desconhecê-los ou os tomando para si. Fato que são apenas Ídolos meus tãos distantes de mim, mas é mais ou menos isso que quero em meu blog, essa inspiração sem necessariamente viver aquilo.
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Então para quem lê meu blog, não leia tentando adivinhar milagrosamente como estou ou para quem eu escrevo hoje, por que eu escrevo vários textos que deixo salvos no arquivo do blog, não dá para adivinhar meu "status" e ainda vir me questionar sobre como estou. É ruim! Eu posso juntar duas inspirações num único texto, já fiz muito isso. Resumindo, em meu blog eu brinco nas estrofes como uma personagem que aqui eu posso ser, o que é diferente de um diário pessoal. Quando eu escrevo conversando com o leitor é diferente, mas nos textos considerem uma inspiração qualquer, expressada em nada mais nem menos que textos. Um dia, quem sabe, eu me torne tão boa ao ponto de conseguir botar em um único texto, "indiretas" para todos que o lerem.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não consigo dormir...

Depois do jogo de hoje eu me pergunto, por incrível que pareça, como faço para conseguir dormir? Rumo à final da Libertadores e o Mundial... Jogásso no Morumbi, prometi não debochar de nenhum são paulino e nem vou. Mas calar-me diante desta vitória não posso. O jogo começou com todos muito ansiosos, sem dúvida. Colorados, um pouquinho mais tranquilos talvez. O gol do Alex, sofriiido, já empatou não só a decisão como o coração do povo gaúcho e paulista! Vamo Vamo Inter na torcida... Mensagens no meu celular de são paulinos. Desliguei aquela porcaria e por bons minutos eu via só a bola...
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Intervalo comendo BIS rs, no desespero de pênaltis. Sei lá, sou mais o Rogério que o Renan, a "bóla fora" do goleiro colorado só me deixou com pé atrás, pênalti era o que eu menos iria querer, afinal "Puta que pariu, é o melhor goleiro do Brasil, Rogério!". Esperança no início do segundo tempo com o gol do D'Alessandro (vou falar que é dele, por que não concordo que tenha sido do Alecsandro), porém na animação o colorado ratiou e levou o segundo no mesmo minuto praticamente. Desespero e desejo inexplicável de que o jogo acabasse alí, muito tempo para o Sampa levar. Sem 1 minuto de descanso, vibrei cada pegada de bola do Inter, cada erro do tricolor paulista. Jogo cheio de faltas perigosas, uma delas a decisiva para o Inter que graças a Deus foi bem aproveitada.
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Escanteio no finalzinho a favor do São Paulo, eu assisti de joelhos, completamente apavorada e com nada mais na cabeça além de "zica zica zica". Zica ou não, a final tá aí e é nossa... O Mundial final do ano, para fechar 2010 com muita alegria! Eu tô muito feliz, agitadíssima... Buscando uma forma de conseguir dormir. Tem uma caminhadinha pela frente, melhor eu me acalmar! Acho que após escrever, e um suquinho de maracujá o sono acontece... Se vou sonhar? Não sei, por que a realidade é que MEU TIME tá na final da Libertadores 2010! De novo meu velho, amanhã a primeira coisa que eu vou fazer é ligar para o meu velho lá nos Pampas e agradecer, por ter me ensinado o que é futebol e time de dar orgulho! Glória do desporto Nacional, ÓH INTERNACIONAL!

Oh, INTERNACIONAL. Que eu vivo a exaltar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Existe vida após a Psicologia?

Uma pergunta que está em comunidades do Orkut superlotadas e sem dúvida alguma, na mente de todos os estudantes de psicologia. Falta um semestre para o fim das disciplinas na faculdade, ano que vem finalizo os últimos estágios e faço o aterrorizante TCC. Uma das primeiras coisas que me falaram quando eu ingressei na faculdade, com 17 anos, era que esses 5 anos voariam, que eu teria de ler de mais e também que fazer terapia seria lei. Informações um pouco assustadoras, porém incapazes de me fazerem desistir. Todas eram verdades. O que não me falaram é que após conhecer a psicologia, eu jamais seria a mesma, então eu me pergunto: Existe vida após a Psicologia?
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Meus primeiros contatos com Freud me mostraram que meu mal estar em sociedade não é algo tão errado assim, o que me deixou ainda mais anti social. Melanie Klein me ensinou que sentir inveja é natural em todos nós e que querer aniquilar a mãe é bem justificado, assim como, um imenso desejo de reparar isso minutos depois. A filosofia foi o fator desencadeante da minha loucura, apenas um semestre para acabar com 17 anos de uma Marília pré construída, foi onde entrei na famosa crise existencial, meu seminário de Existencialismo foi o pior da sala, tenho certeza, mas foi um nove que eu tirei na minha redação filosófica sobre a morte (já postado aqui há bastante tempo). É verdade que não saímos por aí analisando tudo que vemos pela frente, mas também é verdade que se achar meio psicótico histérico, meio esquizofrênico, meio psicopata, meio autista; a cada novo diagnóstico estudado é terrivelmente angustiante.
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Por um certo tempo, Jacques Lacan me convenceu de ser vítima de muitos perversos. Com o tempo isso vai passando e vamos aprendendo que nem sempre um abraço vai atrapalhar na seriedade de um trabalho bem feito. Aprendemos que sentir a dor do outro nos faz humanos com a linda capacidade de empatia, o que prova não sermos psicopatas. Aprendemos que controlar essas emoções nos faz profissionais competentes e já esclarece uma não psicose rs. E também que a perversão está em quem menos imaginamos. Embora eu jamais seja o que fui antes de entrar para este mundo de malucos, mesmo estando em terapia Lacaniana me sentindo a maior doida do universo e sem previsão de alta, eu não teria escolhido qualquer outro curso além deste.
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Foi vendo crianças abusadas; casais desesperados com filhos "capetas"; pessoas a minha frente acreditando que eu poderia ajudá-las; sendo chamada de "mãe" em creches e tendo que barrar isso fazendo o meu papel; foi saindo da regra e jogando futebol nessa mesma creche com a mulecadinha; foi ouvindo pessoas desequilibradas em choros, risos, gritos, risadas, surtos etc; foi acreditando na história daquele esquizofrênico para poder conhecê-lo melhor, foi errando o diagnóstico sendo levada como uma completa neurótica pelo perverso paciente... Que eu percebi que é para isso que eu nasci. Seja lá qual Marília eu esteja me tornando. Estou disposta a esquecer a antiga, por que só sendo esta de hoje, após o pouco que já passei diante do que ainda quero, que eu encontrei a MINHA vida. A vida só não existe, como a minha só fez sentido, após a Psicologia. Acabou de começar...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu conheço o teu tom

Algumas coisas eu nunca vou escrever aqui, pois desconheço. Algumas coisas eu nunca ouvi falar, nem pensei na existência. Existem coisas que eu já ouvi por aí, mas nem me lembro mais. Existem acordes que eu não sei mais tocar, mas que marcaram a minha história com meu instrumento. Há canções que eu já cantei bem alto, hoje canto outras, hoje esqueci algumas e também quero lembrar aquelas que eu cantarei. Eu posso ouvir diversas vozes por aí, no telefone ou num bar qualquer. Assim como posso falar e cantar em diversos tons, doa a quem doer, ainda que possa ser em mim. Dançamos conforme a música, vivemos conforme a vida. Não seria diferente com nosso tom.
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Acontece que hoje a tarde, eu ouvi o teu tom de saudade. Por que eu conheço teu tom. Na madrugada solito, o tom da tua mensagem vazia. Na agitação de um show, me ligar com tom de silêncio da alma e eu apenas ouvir a música de fundo no meu tom, eu conheço o teu que se perdeu nos meus. A tua ausência em tom de não saber como voltar. Tom máximo? A tua dor. E isso eu posso postar aqui, pois sei. Não ouvi falar, mas sei da existência por que pude sentir. Um tom que eu já toquei, mas que por dias eu já nem me lembrava mais..!?!!. Um tom tão igual para todos, que foge de si mesmo. Um tom que marcou minha história com meu coração, mas que eu desaprendi tocá-lo. Doa a quem doer, ainda que possa ser em ti e, se assim for, eu saberei... Por que eu conheço o teu tom.

HOJE...



Quando tudo parece não ter lógica
Qualquer paranóia vai virar prazer de viver...




sexta-feira, 30 de julho de 2010

Uma vida acontecida

Aproveitar a tarde, sem pensar na vida.. Andar despreocupada, sem saber a hora de voltar... e gozar a liberdade de uma vida sem frescuras. Não me pergunta o que eu vou fazer final de semana, por favor! Eu não quero planejar nada. Por que eu posso acordar de manhã e ir correr no Ibirapuera, eu posso querer dormir no Ibirapuera. Talvez eu coma um hambúrguer às 8h ou talvez eu acorde meio dia e tome o café da manhã. Se eu acordar de madrugada sem sono, posso ligar para ele vir me buscar e passar no Extra 24 hrs. Não quero ter hora, eventos marcados. Eu sempre quis isso, briguei para na quinta-feira ter até o domingo programado e só foi inferno, nunca cumpria nada... O que só me gerava estresse nos únicos dias que tinha para descansar. Ah, cansei!
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O medo de cair no tédio é tanto que acabamos com mil eventos ao ponto de dar saudades um do outro. Eu não quero essa vida criada, quero uma vida acontecida para mim... Pois quem sabe o que quer não tem medo do tédio. Legal é domingo à noite, triste com a iminente segunda-feira, alguém bater na tua casa e dizer "tempo para uma voltinha a ver à lua?". Eu tô conhecendo isso, e tá maravilhoso! Por que eu não tive tempo de arrumar o cabelo, nem de passar o florido vestido... Mas a lua não se preocuparia com esses detalhes. Não faça uma surpresa programada, permita os desejos inesperados e compartilhe com alguém, por que a vida foi feita para se viver a dois. São detalhes que eu tô aprendendo...... Bom final de semana à todos. Beijos!

Foi sim...




Foi bom sonhar... Com você.

... é que eu sou ruim.

Só quem realmente sabe o que é ruim vai entender... Quando somos pequenos, de normal, nossos pais nos ensinam os bons modos, a boa conduta. Procuramos fazer o bem e por pessoas bacanas para dividirmos a boa vida. Na escola devemos tirar boas notas, mesmo que ruins sejam as disciplinas à estudar. No primeiro campeonato que participei na 2ª série do Fundamental, eu busquei ser uma boa jogadora e fazer boas jogadas; ainda que a cara das adversárias fosse ruim eu tinha de seguir as boas regras do jogo.
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Quando a Doty chegou em casa, filhote, e eu com toda bondade de uma inocente criança de 9 anos, a peguei no colo, ela não gostou e me mordeu; aquilo foi muito ruim e então minha mãe disse "Seja boazinha, ela é pequena." Pensei "Ok, mas ela me mordeu, tchê!". Isso aconteceu mesmo e eu me lembro como se fosse hoje. Eu fui uma boa criança! No decorrer da minha vida eu participei de concursos tradicionalistas no Rio Grande do Sul, concorria com minhas boas amigas e companheiras de estrada e festivais, quando eu tirei o 1º lugar, aquilo foi ruim de mais para a que ficou em 2º... Mas eu era uma boa prenda tradicionalista. Isso faz da outra ruim? Não.
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Com 15 anos eu fui em busca de um bom emprego, para me tornar uma boa profissional, ainda que eu tivesse de enfrentar situações muito ruins de amadurecimento pessoal até ruas perigosas e pessoas perigosas. Eu fui uma boa adolescente! Acontece que nem sempre a vida é boa para nós e eu vi que tamanha bondade estava me deixando sensível ao mau mundo, eu passei a refletir melhor sobre a boa conduta para comigo. Tu não precisa ser tão boa assim, querida! Eu precisei ser forte. Conheci boas pessoas que me ajudaram e pessoas ruins que me ajudaram tanto quanto. Se a vida vai ser ruim para mim, eu serei além disso. "Eu consigo, eu sou ruim". Como um soldado em guerra que mata para viver.
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Minha vida por ela mesma, eu mato simbolicamente o que preciso for. Se sentir saudades da minha avó é tão ruim quanto o dia em que a vi morta, eu sou ainda pior que isto. Se estar longe da minha terra é ruim, eu sou mais. Se ele te deixou e a vida parece a pior de todas, tu és ruim para esquecer tudo que passou. Sem esquecer o "bom" que minha mãe me ensinou lá na Doty em 1999; para o bem da pequena Marília, é que eu sou ruim. Boa é a minha paz, de sempre ser mais do que vier. Isso eu aprendi com a dor, que não é boa. Isso eu aprendi com alguém que não foi bom para mim.
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Nas noites de absoluta dor eu dizia "Se isso é ruim, eu sou mais." Foi em prantos que minha amiga me viu e disse "Má, você é ruim, vai conseguir!!"... E quando o pranto for dela eu quero sempre lembrá-la "Amiga, nós somos piores que tudo isso!!" Só assim, nada poderá ser tão ruim ao ponto de me derrubar. Hoje, não mais tão boa quanto o campeonato mirim, eu acabo com esse jogo, e o meu time... Venceu a partida! Eu sou uma adulta ruim! E isso é ser boa para mim mesma.