quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ESCREVER

Muito amplo escrever sobre escrever. Ao escrever podemos deixar uma música, um poema, um verso, um sentir, uma metáfora, infinitas escritas... Meio de comunicação mais original para mim, principalmente escritas no papel, com a caligrafia específica, que caracteriza quem escreve.
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Nunca fui superior nas redações escolares, mas tive o famoso "querido diário" até este ano. Minha dificuldade sempre foi expor o que escrevia. No que escrevemos espontaneamente, é parte de nós, do que sentimos, experiências boas e ruins classificadas e recebidas pelo nosso mais íntimo. Nem todos percebem quão profundo é escrever.
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Achei que tinha evoluído parando com esse papo de diário, mas quando vi estava abrindo um blog para continuar de alguma forma escrevendo. Escrever, escrever... Mais que letras, mais que sílabas, mais que palavras e frases. Uma elaboração do que se vive, se aprende. É explorar o que ninguém pode nos tirar jamais. O pensamento, a idéia. E ainda mais além, o conhecimento. Escrever não necessariamente precise de um sentido, ou coerência. Há poemas complexos, difíceis de compreender, e que alguém escreveu sentindo cada palavra. É bárbaro!!!
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Sempre que publico algo no blog, me pergunto se no dia seguinte terei um tema para escrever e mais, se conseguirei escrever. É incrível como sempre há o que escrever, não por eu ter muito à dizer, mas pela infinidade de significantes que existem para todos nós. Escrever faz parte do meu dia-a-dia. Comecei a levar à sério quando cursei filosofia na faculdade, as redações eram obrigatórias com temas livres. Não fazia idéia do que escrever na primeira, não entendia como conseguia escrever tanto no diário e para a faculdade sempre parava olhando a folha em branco.
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Lembro que foi na semana em que minha avó morreu, então escrevi sobre a morte, talvez eu chocasse a professora mas foi uma maneira de eu elaborar a perda e entregar a porcaria da redação. Foi a minha melhor nota em dois anos de faculdade. Pude sentir o quanto escrever é intenso e positivo para mim, escrevemos (falo da escrita espontânea) de acordo com o estado psíquico. Fui bem naquela redação pois foi algo que eu sabia do que estava escrevendo, por isso nunca gostei das redações escolares com temas determinados por outros. Títulos que eu não os reconhecia dentro de mim.
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Que cada um escreva do que conhece, reconhece e o que sentir vontade, por mais sem sentido que pareça para quem lê, vale a escrita para quem escreve.
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?Brisa!
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