quarta-feira, 3 de setembro de 2008

BAGUNÇA



Vivo perdendo as coisas dentro da minha própria bolsa, o que com certeza não está perdido realmente, pois sei que está ali, mas sabe quando o "ali" parece invisível?
Depois de muita busca, irritação, xingos, todos os meus objetos no chão e juras de arrumar a bolsa, "achei!!!" Situações semelhantes a esta acontecem comigo e com diversas pessoas. Seria um exemplo de bagunça na vida? O ser humano tem levantado tantas descobertas extraordinárias, técnicas científicas, exatidão no inexplicável. Superamos tantos obstáculos. Mas e a vida cotidiana? Qualquer gênio pode ser "bagunceiro". Há uma estatística aproximada de que cada pessoa no mundo tenha em média 10 mil objetos pessoais. Como dar conta disso? Na Europa e nos Estados Unidos, iniciaram-se estudos para melhoria do dia-a-dia, uma busca pelo controle desses objetos com métodos mais simples, estes estudos chegaram ao Brasil em empresas especializadas em organização do lar. Parece deboche! Não conseguimos pôr em "ordem" nós mesmos, quem comentará a bagunça alheia? Ouvi falar em livros sobre este tipo de auxílio, absurdo! Cheguei a imprimir ontem uma página sobre um livro para comentar aqui, mas não a encontrei hoje pela manhã. Quero esclarecer que não estou protestando contra os organizados, jamais faria isso, fui sorteada a conviver com um. Apenas levanto a idéia de que tentar controlar-se a todo tempo pode nos levar ao descontrole total do que realmente somos. Talvez seja conhecendo o nosso real que as coisas aconteçam da maneira adequada, diferente do que a realidade do mundo externo cobre ser correto. Quem disse que bagunça é um atraso de vida? Possivelmente tua mãe ou organizados por natureza tomaram sozinhos essa idéia. Mas, a questão que deixo sobre ser desorganizado é "sinto-me mal com isso?" Não mudarmos de comportamento nos dá a resposta. Um bagunceiro entende com perfeição que sabemos exatamente onde se encontra cada objeto "perdido".

Permita-me ser bagunceira!

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