sábado, 26 de dezembro de 2009

SEMPRE COMIGO

Pensando em outra forma de escrever isso e me perguntando por que escreverei tudo de novo, mesmo que com outras palavras. Para que repetir? Faltou alguém ouvir ou me falta ainda o que falar? Eu não sei. Ainda não sei. Esta noite está desesperadora! Não trata-se mais apenas de falta ou saudade. São coisas na minha cabeça que não saem... Me dominam, e eu odeio perder o controle, quanto mais de mim mesma. Minha insistência, mas em quê?
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É como se a cada novo minuto eu voltasse para o final da fila e não conseguisse seguir. Quando acho que já estou na metade do caminho, algo me puxa para o fim. Ou início novamente. Como nos pesadelos tu tenta correr e tudo se passa em câmera lenta. A minha mente está lá na frente, onde os sonhos e planos me guiam, eu estou aqui neste quarto, onde tudo me diz que nada do que eu sonho ou planejo fará sentido assim. Com este coração. Há uma metade.
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Metáforas chegam nem perto. Eu canto, grito, choro. Mas enquanto eu não sair deste blog.. Tudo ficará no mesmo lugar. Meu orgulho me domina às vezes, mas na maioria delas eu brigo comigo mesma. Intrigas entre eu hoje e eu amanhã planejada. Estou eu novamente no fim da fila e ao mesmo tempo no início de tudo. Não daria certo e, nem preciso da psicologia para compreender isto. Estou bem e, preciso apenas de mim para sentir isto.
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Acontece que tudo mudou na minha vida e voltar atrás assim me parece insuportável. Não sei se estou disposta. Na verdade em choque! Sinceramente não decidi nada. Eu, a senhora decisão! O cheiro do dia-a-dia que hoje busco o mínimo que ficou e permito que fique pela eternidade de poucos segundos. Eu menti quando discursei a minha certeza sobre qualquer coisa que achei verdade na hora.
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Não te sinta mal, pois nem eu sabia a realidade. Fomos enganados e eu só achei que deveria te contar... Há agora esta liberdade, que me prende ainda mais. Quanto aos outros, suplico que de mim nada esperem. Eu não sou de ninguém e que fique claro que nem quero ser. Meu erro é desesperada tentar recomeçar logo e atropelar até o que nem estava pela frente. E daí eu mudo de idéia e tenho que dar um jeitinho e outro jeitinho, e outro, e outro... Desculpa, mas eu me enganei!
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Tô tentando, na medida do possível, buscar um equilibrio. Até agora vivi meus extremos que venho escrevendo aqui. Os fatos que me despersonalizam. O que posso fazer? Escrever talvez. O que mais me acaba por dentro, amargamente... É que sei que nada vai bem por aí, tudo me mostra que nada ficará bem deste jeito nem por aqui. E eu não posso simplemente desistir agora, por que o telefone e a campainha tocaram, e só me cofirmaram que não estou ficando maluca só. Mesmo nas piores noites, sempre comigo, haverá você.

2 comentários:

Mãe a Flor da Pele disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mãe a Flor da Pele disse...

A momentos na vida em que temos uma decisão a tomar. As vezes achamos que podemos adiar esse momento, certos de que ali permanecerá até que enfim resolvamos resgata-lo e dar seu desfecho. Porém nem sempre o tal assunto fica ali, esperando uma solução, as vezes a vida se encarrega de resolver por si só e quando nos damos conta, o momento, o tal assunto passou e perdemos a chance de crescer e aprender com ele. É bem verdade que o que é pra ser é, e ninguém muda isso, mas nós por ignorância ou talvez por medo tomamos o caminho mais longo e passamos meses e até anos tentando tomar o rumo novamente e quer saber os caminhos se perdem, os passarinhos comem o pão da trilha e não conseguimos mais voltar atrás .... e aí, vai deixar a vida resolver por vc,vai tomar o caminho mais longo perigando perder a trilha , ou vai tomar as rédeas da situação e enfrentar as consequências das suas escolhas ?
Te amo !!!Tô sempre aqui pra te ajudar a encontrar a trilha de volta se for preciso .