terça-feira, 28 de setembro de 2010

Se minha vida fosse um filme...


Minha vida num menu. À duas horas do "felizes para sempre". É, seria bom se minha vida fosse um DVD para assistir num sábado a tarde. Usaria a tecla "subtitle" para que todos compreendessem o que eu realmente quero dizer sempre. Nos momentos difíceis eu clicaria o "pause" e depois passaria um capítulo. Voltaria mil vezes naquela noite inesquecível e que deixou saudade. Eu riscaria aqueles capítulos que me arrependo, para que ninguém mais possa assistir, criticar ou eu mesma lembrar que fiz. Um DVD possível de cópias, porém original, onde só eu vivi deste jeito assim. Eu colocaria no menu cada pessoa que cruzou meu caminho e marcou de alguma forma, para poder revivê-los quando der vontade; alguns sempre.
.
Eu me emocionaria cada vez que ouvisse a trilha sonora. Qual? "Senhor das Manhãs de Maio" (novidade para ninguém) de Guto Teixeira na voz de Luiz Marenco. O classificaria como uma simples biografia, onde encontramos comédia, suspense, romance, ação e uma história verídica. Algumas cenas eu passaria em câmera lenta: o casamento da minha irmã, meus momentos com as crianças e a Doty, meu aniversário de 17 anos e algumas noites que desejei dormir mais. Daria zoom no rosto de um grande amor, quando sorria, pouco antes de riscá-lo para esquecer-me dos detalhes que não me cabem mais e esquecer também que fui apaixonada um dia.
.
Não precisaria comprar passagem aérea, pois iria para o Rio Grande do Sul e voltaria tudo através do controle remoto. Precisaria muito mais que um sábado a tarde para assistir este DVD! Quando muito cansada eu poderia clicar o "stop", afinal, nada que um "play" não resolva depois. Não faço questão de escrever ou dirigir o filme, essa função é de Deus e do destino, mas ter controle desses capítulos seria interessante. Cada capítulo deveria ser transmitido ao menos uma vez para se concretizar minha história. Eu voltaria em 2006 para sentir o cheiro do cabelo da minha avó de novo.
.
Dançaria novamente naquele baile de concurso das prendas do Centro de Tradições Gaúchas Tropilha Crioula, o qual tirei o 1º lugar como tradicionalista mirim no Rio Grande do Sul; voltaria em 1996 para viajar de Vitória-ES à Porto Alegre-RS pelo litoral parando nas praias com minha família. Ah, eu repetiria tantos capítulos tantas vezes! A faculdade foi legal, mas sei que seria um capítulo que eu deixaria transmitir apenas uma vez e nunca mais. E como minha vida não acabou ainda, o filme terminaria inacabado, com aquela chamada para o 2. rs. Bá, quanta ficção!!

3 comentários:

Adriana Gisele de Lima disse...

Nossa que lindo Má... Adorei!!!

Lembrei do filme Clic,rs

Bjs...

Mãe a Flor da Pele disse...

Nossa , voltei no passado agora ....até hoje sempre quando chego perto da minha mãe , cheiro os cabelos dela pq o que mais me marcou quando recebemos a notícia da morte da tua avó,além claro do fato em si, foi ver o teu tio desesperado de dor dizendo que nunca mais sentiria o cheiro dos cabelos dela.
Saudades!!!

Marília Mafra disse...

... o cabelo dela era muito cheiroso. :)