quinta-feira, 9 de abril de 2009

Falando da minha terra

O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 282.062 km² (pouco mais que 3% de todo território nacional, está abaixo do Trópico de Capricórnio. No país, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoas do Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira. Tem uma das maiores jagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra. “Coisas do Sul” ... Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país. O clima do Rio Grande do Sul é subtropical úmido, constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos moderadamente frios e verões quentes, e chuvas bem distribuidas durante o ano. Vejo lá como extremos, lembro de passar frios terríveis, mas também do calor absurdo que fazia no verão.
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Como uma boa Italiana, não posso deixar de comentar dos meus antecedêntes. Em 1870, o governo do Rio Grande do Sul criou colônias na região das Serras gaúchas
e esperava-se atrair 40 mil imigrantes alemães para que ocupassem a região. Mas as notícias de que os alemães estavam enfrentando problemas no Brasil fizeram com que cada vez menos imigrantes viessem da Alemanha. Isso obrigou o governo a buscar outra fonte de imigrantes, os italianos! No decorrer, cerca de 100 mil italianos chegaram ao Rio Grande do Sul. A colonização italiana ocorreu no alto das serras, pois as terras baixas já estavam ocupadas pelos alemães. Assim, nas regiões altas do Rio Grande do Sul, a cultura de origem italiana predomina.
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Para falar do tradicionalismo me faltam palavras e me sobram lágrimas de saudades. Pessoalmente, o estado com o maior tradicionalismo e patriotismo do país. Esclarecendo só uma coisa, é mito essa história de que o Rio Grande so Sul deseja se separar do país, é só ver em qualquer evento gaúcho o povo cantando o Hino Nacional para perceber o quanto amamos e temos orgulho do nosso país. Falando de mim... Representei o CTG Tropilha Crioula como 1ª Prenda Mirim – na época eu tinha uns 12 anos - num concurso que tanto me dediquei e após 6 meses tive que deixar o título para a 2ª colocada, para vir morar em São Paulo. Momentos poucos que nunca esqueci, uma vitória que veio do meu esforço nos estudos do tradicionalismo e amor ao Rio Grande do Sul, 6 meses que representei com orgulho e toda doçura de uma prenda. Na entrada deste CTG tinha uma faixa com a escrita: “O gaúcho de saudade volta à Querência”... Hoje eu sei o que significa esta frase, e para mim carrego este lema. Fato é que não estou mais na minha terra, eu escreveria um livro para expressar o que isso significa para mim, como lido com isso, se já acostumei, se pretendo voltar, enfim. Tantos me perguntam. Acho que consigo responder por estes versos de Vida de Gaúcho da banda Tchê Barbaridade “Um gaúcho é só saudade longe das coisas do pago; se perde em tragos e pitos e o amargo é mais amargo. Desperta a sede pra vida de um amor que não morreu, e volta a beber nas fontes dos pagos onde nasceu”.
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Quem quiser saber quem sou, olha para o céu azul e grita junto comigo: Viva o Rio Grande do Sul!
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