terça-feira, 16 de setembro de 2014

Perdas

Perde-se a paciência, perde-se a hora ou até mesmo a consciência. Pode ser perdido porque de alguma maneira deixou de ser compreendido. Pode ser perdido porque deixou de ser ouvido, o som esquecido. Perde-se alguém, perde-se aquilo e por quantas vezes, perde-se o trêm. O trêm da tua sida, pra sarar tua ferida, o trilho à nova vida.

Perde-se a coragem, deixa-se de lado toda a vantagem. A gente perde a própria imagem. Perde-se a chave, chuta-se na trave, nota-se um passado que ainda invade. Perde-se porque quer perder, porque nunca veio a pertencer, porque mais cedo ou mais tarde iria mesmo morrer. Perde-se quando menos se quer perder e, quando mais se acha capaz de conhecer.

Porque perder faz parte, participar é a grande arte. Nessa busca pela verdade, encontrar realidade. Perde-se a ilusão, encontra-se com o luto e se renasce para a razão. Perde-se a inocência, vive-se a adolescência, fruto da inesquecível experiência. E por fim, entender que nada foi perdido, nem tão pouco lhe proibido. Perdas que modificaram fatos, por pura consequência de seus próprios atos.

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