![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie8WSboKZANAd6Y6bM0hDmqtACdE5Q40r30nNNeV-HlJQ_SZtgVp5fpMV3rYK1ES2SRaZ4mDPj_0eklPKp4-oPCmFrS1sZc3kOl048fT4jmKgpYyS2WaRRKW-wR4z6SW5jXNlMXiKKVEtz/s200/abstraction_04.jpg)
.
Ele tem seus motivos, ela suas razões. Ambos para sim, para não, para "não temos nada a perder"; ou "deixe como está". Honestamente ela parou, regrediu e não vai falar a verdade inaceitável, não aguentaria mais julgos, basta ser a maluca indiferente. Ele não entende e fica ali, meio menino, meio homem ciente. Ele não vai embora, não percebeu talvez que é apenas o que falta para que ela note seu vazio, já que não o nota. Olhos verdes dela, medrosos, descrentes. Olhos verdes dele, tão lindos e certos. O par mais impar que minha vida já assistiu. É, ela está bastante perdida, e chora no colo dele, que sempre está ali.
.
Ela acorda cheia de pesadelos terríveis, ele está ali. Ele nunca sabe quando ela realmente está em cena, dias a tem, dias não; quando ela está, ele está ali. Ele cuida, ama em cada toque e olha a fundo; ela retribui o mesmo olhar e apenas se pergunta o por quê dele ainda estar ali. E então ela o toca, sente uma alma, um coração que sabe bater. Condenada, se afasta. Ele mais uma vez respeita, sabe exatamente onde ela andará e ainda que não volte "valeu à pena". Ela simplesmente vai esquecer e não se importar, é indiferente, não faz questão da cura, nem dorme mais. Ela foi contaminada e parece que aceitou. Ela se foi, ele ficou.
Um comentário:
Belo texto... =)
Postar um comentário