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Não me julguem porque não quero casar, não me julguem porque não sonho em ser mãe, não me julguem porque não sou padrão. Eu não quero ser incrível! Eu quero ser apenas eu. Eu já fui de chorar a dificuldade, já lamentei o problema completamente com solução; mas eu também já conheci a morte, conheci alguém tão ruim que tão bem me fez, pois eu pude crescer e perceber que a vida não para pra que eu chore a dor. Aprendi que a dor é a ferramenta para atingir o sucesso, e isso não faz de mim alguém pobre de emoções, não tenha dó de mim por ser tão sozinha, não tenha dó por eu ser tão fria, a vida me ensinou assim e eu gosto. Não quero alegrias de parque de diversões, não quero amar como o mundo ama, nem perder tempo vendo novela. Eu não quero ser incrivelmente previsível. Eu sou diferente.
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Fiz faculdade porque não estava fazendo nada, não desisti porque era bolsista, tive medo porque não me senti capaz, chorei porque não soube o que fazer, estou me formando porque 5 anos passam muito rápido, nunca peguei DP porque ralei. Isso não faz de mim alguém incrível. Assim como, não evolui para que as pessoas me admirassem, e sim porque eu precisava comer. Vejo alunos do 10° semestre humilhando alunos do 7° na clínica, e só me pergunto Que merda esse cidadão é diante da experiência de vida? Um dia seremos todos só da mesma fase da evolução humana, ninguém vai lembrar-se do nosso quociente intelectual ou de onde assistimos ao jogo no estádio. Não sou incrível como as pessoas esperam que sejamos, nem profundamente extraordinária como os animais. Eu sou eu.
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Outro dia eu perguntei para um amigo que sempre fala tão bem de mim Honestamente não sei o que vê em mim, e ele respondeu sem pensar Vejo verdade. Eu descobri na resposta dele, a minha palavra, o que eu quero realmente ser nesta existência. E que esta verdade não seja confundida com a religião, porque falo da minha verdade, aquela que ainda prefere escrever em cadernos. Uma verdade vivida, temos este direito. Decepcionada, desabafei para minha mãe Talvez eu não te dê netos, mas esta sou eu. Talvez eu não tenha nascido para pentear o meu cabelo e com certeza minha mãe não teve duas filhas para serem idênticas, nem gêmeos são.
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Eu não quero uma cadeira confortável, nem deitar meu paciente num divã. Eu quero suar, passar fome, sentir dor, caminhar, ter calor e frio, o que for necessário para olhar para uma vida com a certeza de que realmente não está fácil para ela continuar. E ver nela alguém igual a mim. Porque no final, seremos todos da mesma fase de evolução humana, que covardemente comia animais e fez um caos no mundo, isso não me parece incrível. Permitam-me ser nada mais que minha verdade, livre para viver uma vida que não cabe no teu pen drive.
Um comentário:
O mundo é uma coexistência de sons. Um encontro de infinitos ruídos, de vozes, de manifestações, de gritos desesperados. Um grande berro urrando por ser ouvido. Mas entre os sons há um murmúrio, um murmúrio escondido, murmúrio rouco, murmúrio de dor. Quase inaudível. E ainda menos perceptível que o murmúrio há o silêncio: um silêncio calmo, anormalmente calmo, tortuosamente manso, paradoxalmente gritante. Silêncio que me impressiona, que responde a tudo, e inunda o mundo de significado. Silêncio que faz a vida. Uma vida iridescete... Eis que encontro uma sonhadora,igual a mim perdida em um mundo, onde os sonhos são como Deuses..deixo um beijo em forma de vento,e que leve força p tua caminhada...
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